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Saiba como aumentar a privacidade e segurança do seu WhatsApp

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Preza por privacidade e segurança? Então confira algumas dicas de como tornar sua experiência com o WhatsApp mais segura, além de saber quais dados são coletados pelo mensageiro.

Em 2016, o WhatsApp implementou um recurso muito importante para aumentar a segurança dos usuários: criptografia de ponta a ponta. Graças a essa mudança, ele se tornou o maior mensageiro criptografado do mundo, com mais de dois bilhões de usuários atualmente.

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Essa tecnologia faz com que ninguém do Facebook, empresa dona do WhatsApp, possa ler ou extrair dados das mensagens que você envia aos seus contatos, dado que apenas os aparelhos conectados podem fazer isso, sendo os pontos finais da criptografia. Para realizar a decodificação, ambos os dispositivos precisam verificar e trocar códigos de segurança conforme o envio das mensagens.

A criptografia usada pelo WhatsApp foi desenvolvida pela Open Whisper Systems que, curiosamente, é a empresa responsável pelo Signal, rival do WhatsApp. Apesar das mensagens na plataforma serem todas criptografadas, incluindo chamadas, fotos e vídeos, por exemplo, o mensageiro não é tão privado quanto parece. Na verdade, para aqueles que buscam o máximo de segurança e privacidade, o Signal é mais recomendado devido aos seus recursos avançados.

De qualquer forma, sabemos que o WhatsApp é bastante popular, principalmente no Brasil, então convencer amigos a mudar para um novo app pode ser uma tarefa difícil. Com isso, vamos listar abaixo algumas dicas para você aumentar a segurança do seu WhatsApp.

Entenda o que é coletado

Apesar da sua criptografia, o WhatsApp ainda é capaz de coletar diversas informações. Muito do que ele coleta é basicamente igual a de qualquer outro app e tudo está descrito na política de privacidade, disponível para todos os usuários. No entanto, se levarmos em consideração que o mensageiro está sob o “guarda-chuvas” do Facebook, essas informações podem ser combinadas com outros dados que você entrega a rede social – o mesmo acontece com o Instagram.

Número de telefone usado no WhatsApp, informações do dispositivo (tipo de smartphone, sistema operacional e código do país, por exemplo) e outros dados de uso (quando você entrou pela última vez na plataforma, quando se registrou e com que frequência manda mensagens), chegam a outras empresas comandadas pelo Facebook.

Isso gerou grandes problema para Mark Zuckerberg, pois em maio de 2017, sua empresa foi multada em 94 milhões de libras pela União Europeia por combinar números do WhatsApp com dados do Facebook, mesmo depois da companhia ter afirmado que não poderia fazer isso tão facilmente.

Considerando que o Facebook pretende unificar a infraestrutura do Messenger, WhatsApp e mensagens do Instagram, é certo que o compartilhamento de dados será examinado detalhadamente no futuro. Ainda assim, é bom lembrar novamente que o conteúdo das mensagens não é mostrado a ninguém, afinal, nem mesmo o Facebook pode acessar a criptografia.

No geral, a maior parte de tudo que o WhatsApp coleta consiste em metadados, que informam detalhes sobre o comportamento do usuário. De acordo com a política de privacidade, a plataforma coleta informações sobre como você interage com outros usuários (tempo, frequência e duração das conversas) informações de diagnóstico para saber quando o app trava, recursos de grupo, fotos de perfil, status e quando você está online.

Por fim, o WhatsApp ainda pode coletar dados sobre o nível de bateria do smartphone, intensidade do sinal e qual operadora está sendo usada. Na área de trabalho e nas versões web do aplicativo, cookies rastreiam toda sua atividade, além de captarem dados de localização.

Desligue o backup em nuvem

Você já deve saber que o WhatsApp permite fazer backups de suas conversas, algo que pode ser útil se você perder seu celular ou quiser trocar de aparelho. No entanto, esses dados são armazenados no Google Drive ou no iCloud, e ao contrário das conversas, eles não são criptografados. Dessa forma, um invasor pode acessá-los facilmente, ou até mesmo por uma ordem judicial, por exemplo, a Apple ou o Google devem revelar as mensagens salvas na nuvem.

Backups sem criptografia têm sido um problema há vários anos, sendo reconhecido pela própria empresa. Rumores apontam que o WhatsApp está testando backups protegidos com senha, mas até o momento não temos informações oficiais. Portanto, se você preza por segurança e privacidade, recomendamos que desative essa função.

Autenticação de dois fatores

A autenticação de dois fatores é um ótimo método para manter seus dados seguros. Essa tecnologia consegue adicionar uma etapa extra na hora de fazer o login. Na maioria das vezes, o acesso é liberado por meio de um código de segurança gerado por um app, um código enviado por SMS ou até mesmo uma chave de segurança física.

No caso do WhatsApp, todo o procedimento é feito com um PIN, algo mais simples tendo em vista que seria impraticável ter que digitar um código aleatório toda vez que abrir o app. Quando a autenticação é ativada, o app solicitará regularmente que você digite o PIN de seis dígitos.

No entanto, a frequência com essa mensagem aparece não é bem definida, fazendo com que essa “barreira” contra invasores não seja tão precisa, pelo menos no uso diário, dado que em novos logins ela funciona muito bem.

Esconda suas informações pessoais

O WhatsApp é uma grande “vitrine” para spams e ataques que buscam roubar dados pessoais, afinal, novos golpes surgem toda semana. Felizmente, existem algumas formas de limitar o acesso de pessoas desconhecidas à sua conta.

Acessando o menu de configurações e indo em “Conta > Privacidade”, você encontra essas opções, que vão desde as mais simples, como desativar a confirmação de leitura, até aquelas mais eficazes, como impedir que te adicionem em grupos.

Falando em grupos, há uma opção bem interessante que limita quem pode adicioná-lo nesses chats. O padrão do app é “Todos”, mas você pode alterar para “Meus contatos” e “Meus contatos, exceto”.

O mensageiro também permite desativar a visualização da sua foto de perfil, esconder o contéudo mostrado na seção “Recado” e sua última visualização. Ainda nas configurações, também é possível verificar se você está compartilhando sua localização em tempo real com alguém.

Agora se você quer privacidade máxima, é importante considerar quais informações estão sendo mostradas na tela de bloqueio do celular, dado que as notificações de novas mensagens podem exibir o texto inteiro. Para realizar essa alteração, basta acessar as configurações do Android ou iOS nas opções de notificações e restringir como o contéudo será notificado.

Troque de aplicativo

Sabemos que realizar todas essas mudanças dá trabalho, então talvez seja mais simples e prático mudar de app. Como foi dito anteriormente, o Signal é uma ótima opção para quem busca total privacidade e segurança.

Nesse app, os usuários podem bloqueá-lo por impressão digital ou reconhecimento facial, as mensagens desaparecem depois de algum tempo e ainda é possível borrar os rostos das pessoas em vídeos e fotos, por exemplo.

Outra opção interessante é o Telegram, que além de oferecer diversos recursos de segurança, também é mais completo que o WhatsApp em muitos sentidos, entregando mais customizações e recursos.

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