Apesar das condições climáticas, usina conseguiu produzir 3,5 milhões de sacas de açúcar na safra 2024/25

A Usina Caeté, do Grupo Carlos Lyra, divulgou balanço sobre o encerramento da sua safra durante o ciclo 2024/2025. A produção de açúcar subiu 3,9% em comparação ao ciclo anterior, mas a falta de chuvas e a seca prejudicaram o desempenho da usina, que esperava melhores resultados no período.
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Safra da Usina Caeté cresce abaixo do esperado devido à seca
Em Alagoas, a produção de açúcar e álcool também apresentou pequenas reduções no total produzido até fevereiro.
Segundo informações divulgadas pelo grupo, foram produzidas 3,5 milhões de sacas de açúcar ao longo da safra, o que representou um aumento de 3,9% na comparação com a safra 2023/24. Já a fabricação de etanol alcançou 35,76 milhões de litros (com uma parcela ainda aguardando destilação), uma redução de 27,7% em relação à safra passada.
Apesar dos bons números do açúcar, a expectativa de moagem acabou frustrada devido à seca que atinge diversos estados do Nordeste e vem impactando na produção de diversos setores.
Segundo o superintendente agroindustrial da Usina Caeté, Mário Sérgio Mathias, houve um déficit de 297 mm de chuvas no período de crescimento da cana, o que impactou na redução de 12% no volume de cana própria e de 30% no volume de cana de fornecedores.

“Em compensação, tivemos uma melhora expressiva na qualidade da matéria-prima, com mais de 7% de quilos de ATR, refletindo na diminuição do impacto no produto final em açúcar e etanol”, explicou.
Para Mário Sérgio Matias, apesar de um cenário climático crítico, ele analisa os dados da safra atual com a performance obtida no ciclo passado e afirma que os resultados de 2024/2025 foram de leve perda e de ascensão em alguns indicadores. “Isso demonstra que os investimentos realizados pelo Grupo Carlos Lyra, tanto no parque fabril quanto no setor agrícola, vêm surtindo efeito na performance agroindustrial”, disse.
Segundo dados da Usina Caeté, a cana própria apresentou uma queda de 5% e a dos fornecedores foi de 18%, enquanto a moagem totalizou um percentual de 10% de queda.
Já na quantidade de toneladas de cana por hectare (TCH), a Caeté conseguiu alcançar a mesma produtividade de ciclos passados, totalizando 72 TCH, além de apresentar melhora no ATR da matéria prima quando comparada com a safra passada, que fechou em 10 kg/ton, refletindo em mais ATR/ha, um ganho adicional de 7%.
O superintendente Mário Sérgio disse ainda que as mais de 3,5 milhões de sacas de açúcar produzidas são fruto dos esforços de todos que trabalham no grupo. “Com o empenho de todos conseguimos romper dificuldade e conseguir melhorar nossa performance, com foco na segurança”, completou.
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