Um novo país latino-americano foi anunciado como 38º membro da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). E não foi o Brasil. A vaga foi preenchida pela Costa Rica. Dessa forma, frustra os planos brasileiro de ter sua inserção na organização concretizada.
Ser recepcionado pela OCDE é um sonho brasileiro que está em discussão desde o governo de Michel Temer, quando, inseriu nos objetivos das Relações Internacionais brasileira a entrada no órgão. O governo Bolsonaro, junto com as políticas econômicas de Paulo Guedes endossaram que a entrada do Brasil no chamado “clube dos países ricos” seria o case de sucesso da gestão, porém, nada saiu como o esperado.
Um dos pilares da organização está em seu nome: cooperação. É indiscutível que os países membros cooperam entre si buscando o desenvolvimento econômico interno e mútuo. Contudo, mesmo que a Política Externa do Governo e Jair Bolsonaro busque maior aproximação com grandes economias, como Estados Unidos e Israel, por exemplo, essa aproximação nitidamente está enraizada em conceitos ideológicos.
Especialistas afirmam que a entrada da Costa Rica na OCDE pode ser vista como “humilhante” para a diplomacia brasileira, visto que, o órgão representa um alto nível de seriedade para com seus membros.
É deveras importante destacar que peso para a não evolução da candidatura do Brasil na OCDE foi justamente a ausência de reformas, transparência, boas práticas e principalmente a conivência com a corrupção. A enorme impunidade da corrupção brasileira, juntamente com o fechar dos olhos do governo brasileiro foi o fator predominante para a negativa. Outro motivo preponderante contra o Brasil foi justamente as recentes tentativas de alavancar a economia por meio de atalhos, principalmente aqueles que vão contra direitos dos cidadãos, a exemplo da reforma trabalhista e a iminente reforma administrativa. Como também os atalhos econômicos, em especial, as constantes compras e vendas de dólares em momentos oportunos visando angariar a diferença entre os valores cambiais.
Por fim, para o Brasil tentar sonhar com a vaga na OCDE deve inicialmente virar o jogo em relação à impunidade da corrupção no país, principalmente nos próximos anos, visto que a Organização tem um braço unicamente para monitorar esse combate.