‘Lúcifer’ e tem diagnóstico de psicose e transtorno de personalidade antissocial
Marcos Paulo da Silva é um criminoso e ex- PCC conhecido pela violência extrema. Após sair da facção, criou o próprio grupo criminoso: Cerol Fininho.
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Quem é Lúcifer, ex-PCC que estripou mais de 50 pessoas associadas à facção criminosa
Sob esse nome, voltou-se contra membros do PCC e matou violentamente cada um deles. Os métodos de morte de Lúcifer e colegas do Cerol fininho envolve decapitação, evisceração (retirada de órgãos internos) e escritas com sangue.
Porém, mesmo depois de tal, líderes do PCC ainda viam valor nele – inclusive, tentaram contatá-lo para encomendar um assassinato de outro mafioso.
O PCC
Não há dados exatos de quando Lúcifer se uniu ao PCC. Porém, sabe-se que aos 19, em 1996, ele fazia parte ativamente da facção.
A parceria acabou em 2013, quando o criminoso afirmou que o PCC não seguia mais os próprios valores – agora, era focado apenas em lucro e não protegia mais as pessoas no sistema carcerário.
A resposta dele foi, então, se vingar de membros da facção dentro desses mesmos presídios. Ivana David, desembargadora do Tribunal de Justiça de São Paulo, disse em entrevista à Record TV.
“Ele rompe com o PCC. Na visão dele, o PCC começa a fugir daquilo que seria o intuito ou ideal da facção, que seria a opressão carcerária. O PCC começa, no olhar de Lúcifer, visar apenas o lucro. Com isso, ele se revolta e começa a matar.”
A resposta foi criar uma facção rival chamada “Irmandade de Resgate do Bonde do Cerol Fininho”. O UOL afirmou que consta no estatuto desse grupo matar “inimigos”, decepá-los e arrancar as vísceras depois.
Cerol Fininho e crimes
O nome da facção Irmandade de Resgate do Bonde do Cerol Fininho vem da ideia do cerol, espécie de pasta de cola e vidro que se passa na linha para derrubar pipas em competições. Mas outro uso é crueldade e machucados de pessoas – inclusive decapitação.
Um dos crimes mais notáveis do grupo foi em fevereiro de 2015. Dentro da Penitenciária 1 de Presidente Venceslau, em São Paulo, guardas carcerários encontraram os corpos de Francinilzo Araújo de Souza e Cauê de Almeida em celas. Estavm mortos, com a cabeça arrancada, barriga cortada e tripas espalhadas.
A marca certeira: na parede, escrito com sangue, lia-se “Cerol Fininho”.
Outro crime bastante chocante foi em 2011, quando ele ainda estava no PCC: o assassinato de um grupo de cinco presidiários. Primeiro, fizeram de refém, com estiletes, guardas penitenciários. Depois, obrigaram a abrir cela de cinco pessoas. E mataram todas com crueldade.
Um dos presos foi morto com tesouradas e estiletes, além de pancadas. Então, foi decapitado por Lúcifer, que mandou que fizessem isso com os outros. O tempo inteiro, ele gritava, de acordo com o g1:
“Como eu gosto disso, tem muito pouco, vamos matar mais presos (…)”.
Os motivos deste crime não ficaram claros: a polícia afirmou que, entre eles, está presença de fação rival e vingança por desonra.
Contrato para assassinato
Mesmo após se voltar contra o PCC e toda a matança, em 2018 foi descoberto que a facção tentou contatar Lúcifer para encomendar o assassinato de Zé Roberto da Compensa, que matara 56 presos (25 deles do PCC) em ataque em presídio. Ele era líder da Família do Norte, rival do PCC.
Um bilhete foi encontrado e dizia:
“Referente às ideias de tentar usar o Lúcifer para pegar o Zé Roberto FDN, é isso mesmo. Pedimos para vocês fazerem esse salve chegar na [cela] dele que, se ele fecha nessa situação, ele terá todo nosso apoio no que precisar e poderá voltar para nossa cadeia como companheiro. Ele tem nossa palavra, pois ele tava ajudando vingar a morte de vários irmãos”.
O assassinato foi descoberto antes de ser levado a cabo, e os membros do PCC, mais de 70 deles, levados a julgamento.