O álcool entra, a verdade sai. Pelo menos, é o que dizem. Mas isso é realmente verdade? A ciência já tem algumas respostas!
De acordo com o National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism, o que acontece é que a bebida alcoólica nos torna mais propensos a dizer o que quer que esteja em nossas mentes. Pode ser a verdade, ou aquilo que a gente acha que é a verdade, durante a embriaguez.
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Quem bebe demais fala a verdade ou é apenas um mito?
Então a linha de raciocínio é a seguinte: a probabilidade de que alguém fale o que pensa depois de beber é maior. Em contrapartida, também é maior a chance de alguém dizer uma coisa que, durante o momento de embriaguez parece muito real, mas que não seria levada a sério em momentos “comuns”.
Um estudo apresentado na revista Clinical Psychological Science mostrou que a maior mudança nas personalidades dos participantes depois de beber foi que eles se tornaram muito mais extrovertidos.
A descoberta faz refletir que alguém que se sente mais à vontade em um ambiente social também tenha mais probabilidade de ser sincero.
A capacidade do álcool de ajudar as pessoas a ficarem mais extrovertidas facilita a dizer o que pensam, mas os efeitos sobre as emoções podem tornar esses pensamentos mais inconstantes.
O efeito do álcool no cérebro
Não podemos ignorar, também, o efeito cerebral causado pela bebida. Para se ter uma noção, o cérebro pode ser permanentemente afetado após uma única dose de álcool.
O álcool ativa um neurotransmissor chamado Gaba (ácido gama-aminobutírico), o que justifica a sensação de relaxamento. A dopamina (outro neurotransmissor) também entra em ação e recompensa com um pico de bem-estar.
A bebida alcoólica também libera endorfina, o que desativa o senso de controle — por sua vez, isso pode ajudar a entender por que parece que “a verdade sai”: a pessoa perde o “filtro”.
Malefícios do álcool ao cérebro
Apesar do álcool favorecer traços de extroversão, os malefícios não faltam. Beber uma cerveja por dia pode diminuir tamanho do cérebro, por exemplo. Também é necessário ter em mente que beber álcool pode gerar declínio cognitivo, mesmo que esse consumo seja moderado.