Um projeto-piloto conduzido pela Águas do Sertão em um loteamento da cidade de São Miguel dos Campos acaba de demonstrar o poder que ações coordenadas de combate às perdas de água podem ter para reduzir o desperdício e melhorar o abastecimento nas comunidades.
Projeto-piloto da Águas do Sertão reduz em 31% desperdício de água em loteamento de São Miguel dos Campos
Com uma força-tarefa, a concessionária conseguiu reduzir em 31% o volume de água que era perdido em vazamentos e ligações fraudulentas no Loteamento Rui Palmeira, localidade de São Miguel dos Campos que constantemente sofria com baixa vazão nas torneiras.
Para rastrear e estancar a origem do desperdício de água, as equipes foram a campo para mapear os 12 quilômetros de redes ativas da região, com seus poços e reservatório, pesquisando possíveis vazamentos, instalando equipamento de macromedição e estudando a vazão de saída dos poços. Além disso, cada uma das 555 ligações de água existentes no loteamento teve o antigo hidrômetro substituído por novos equipamentos certificados pelo Inmetro. Com as visitas, a equipe conseguiu identificar e remover 12 vazamentos e mais 12 ligações clandestinas, que comprometiam a vazão da rede. O diagnóstico identificou também que a execução de um complemento de 80 metros de rede conseguiria melhorar a eficiência do sistema, otimizando a infraestrutura disponível.
“Estamos muito otimistas após os resultados dessa primera operação modelo em São Miguel dos Campos, que também está em andamento nesse momento nas cidades de Palestina e Quebrangulo”, afirma Arthur Barella, coordenador de operações da Águas do Sertão reponsável pelo projeto-piloto. “Após esses primeiros testes, o plano é que essas forças-tarefas passem por todos os municípios de nosso contrato ao longo dos próximos anos”, afirma.
Combate ao desperdício de água
De acordo com levantamentos do Instituto Trata Brasil, em Alagoas, a cada 10 litros de água captada e tratada, cerca de 4,7 litros se perdem pelo caminho em vazamentos nas tubulações desgastadas ou são desviados ilegalmente – índice de perda que consegue ser ainda maior do que a média brasileira, de 3,9 litros. “Combater as perdas aparentes do sistema de distribuição, reparando vazamentos, aferindo corretamente e fiscalizando as ligações clandestinas é a primeira etapa de “preparação do terreno” para as obras que estão por vir até 2033, quando teremos alcançado 100% de cobertura de água e 90% de redes de esgoto nos 34 municípios alagoanos atendidos pelo contrato da Águas do Sertão”, completa Arthur.