Duas professoras foram mortas a tiros, por volta das 6h40 desta segunda-feira (24), quando o carro em que estavam foi interceptado por ao menos três pessoas, segundo a Comunicação Social da Polícia Militar, na região de Guaianases, zona leste de São Paulo. Nenhum suspeito havia sido identificado ou preso até a publicação desta reportagem. Uma terceira educadora estava no veículo, mas não foi atingida.
De acordo com a PM, as três professoras seguiam para a escola onde dão aula quando o carro em que estavam foi interceptado por um Volvo XV 60, preto, na altura do número 200 da avenida Professor Osvaldo de Oliveira.
Três homens com armas longas desembarcaram do carro de luxo e atiraram “diversas vezes” contra o veículo das vítimas, ainda segundo a polícia. O trio de atiradores fugiu em seguida no mesmo veículo em que chegaram.
Duas mulheres, que não tiveram as identidades informadas, morreram no local e a terceira vítima “saiu ilesa”, segundo a Polícia Militar. O depoimento dela pode ajudar a Polícia Civil a entender a dinâmica do crime.
O caso foi encaminhado ao 63º DP (Vila Jacuí) que investiga o que teria motivado o ataque ao veículo com as professoras. Não foi informado o local de trabalho delas.
Policiais militares preservavam até por volta das 13h desta segunda o local onde o Hyundai Tucson preto, onde as vítimas estavam, para a realização de perícia.
Dados da Secretaria da Segurança Pública indicam que, entre janeiro e março deste ano, duas pessoas foram assassinadas na região onde houve o homicídio das professoras. Número semelhante ao mesmo período do ano anterior.
Já na capital paulista, no primeiro trimestre deste ano 157 pessoas foram mortas, uma queda de 21% em relação ao mesmo período de 2020, quando 199 foram vítimas de homicídio na cidade.
Entre janeiro e março deste ano, ao menos 20 mulheres foram assassinadas na capital paulista, das quais 50% em crimes registrados como feminicídio. No estado foram, respectivamente, 101 e 43 casos, ainda segundo dados da SSP.