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Primeira pessoa diagnosticada com autismo morre aos 89 anos

Reprodução/Facebook

No último dia 15, morreu aos 89 anos a primeira pessoa a ser diagnosticada com autismo (TEA, transtorno do espectro autista). Trata-se do estadunidense Donald Triplett, que teve seu diagnóstico realizado em 1938. Não é exagero afirmar que o ocorrido mudou para sempre a história, ao abrir portas para os estudos científicos relacionados à área.

O norte-americano foi identificado como “Donald T.” no artigo “Autistic Disturbances of Affective Contact”, de Leo Kanner (do Johns Hopkins Hospital). Seu caso também foi descrito no livro “In a Different Key: The Story of Autism“, que foi finalista do Prêmio Pulitzer e gerou um documentário que foi ao ar na PBS em 2022.

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Triplett começou a trabalhar no Bank of Forest em 1958 em seu local de nascimento, Mississippi. Em sua homenagem, a empresa compartilhou um comunicado no dia de sua morte:

Donald Gray Triplett começou seu cargo no Bank of Forest em julho de 1958. Todos os funcionários que passaram por nossas portas desde então têm boas histórias e lembranças dele, que guardaremos como um tesouro — olhando com inveja para suas fotos de viagem, tendo sua foto tirada por ele como um novo funcionário, uma coleção de bugigangas e cartões postais dados ao longo dos anos, um apelido ou número dado quando ele o conheceu ou até mesmo ser alvejado por um elástico. Don foi uma presença constante no banco por quase 65 anos e continuará sendo uma presença constante em nossos corações nos próximos.

Ver sua história se desenrolar ao longo dos anos foi uma honra. Observar como ele apareceu em um livro, “In A Different Key”, e depois em um documentário com o mesmo nome, foi incrível. Somos verdadeiramente abençoados por ser uma pequena parte de sua história como o primeiro filho do autismo.

Nossos pensamentos e orações vão para a família de Don e seus muitos amigos. Pedimos que também mantenham nossa família bancária em suas orações.

No estudo responsável por trazer à tona sua condição, Triplett foi uma das 11 crianças analisadas. Ele ficou conhecido como o “Caso 1”.

Atualmente, diversos estudos se concentram em desvendar o autismo, principalmente a forma como o transtorno afeta o cérebro. O mais recente deles, publicado na Advanced Science, afirmou que os níveis de óxido nítrico no cérebro podem ter um papel fundamental no autismo.

Anteriormente, pesquisas também chegaram a apontar que o autismo altera a substância branca do cérebro com o passar do tempo.

Principais sinais do autismo
Os especialistas revelam que, para que a pessoa com autismo receba o tratamento adequado e desenvolva uma vida produtiva e inclusiva, o diagnóstico precoce é fundamental. Os principais sinais do transtorno em questão envolvem pouco contato visual, não interagir com outras pessoas e não atender quando chamado pelo nome.

Além disso, dificuldade em atenção compartilhada, atraso na fala, a não utilização da comunicação não-verbal, comportamentos sensoriais incomuns (incômodo com barulhos altos ou com o toque de outras pessoas), brincadeiras solitárias com partes de brinquedos (como a roda de um carrinho ou algum botão) e movimentos incomuns, como chacoalhar as mãos, balançar para frente e para trás, correr de um lado para outro, pular ou girar sem motivos aparentes também integram os sinais do autismo.

Como melhorar qualidade de vida das pessoas com autismo
Anteriormente, apontamos como melhorar qualidade de vida das pessoas com autismo: uma das iniciativas envolve capacitar os funcionários de um determinado estabelecimento para lidar com clientes que tenham o transtorno.

Outra questão que poderia melhorar a qualidade de vida das pessoas com autismo é a empregabilidade. Segundo o portal Autism Speaks, 85% da população autista está desempregada. Dito isso, é fundamental inovar e capacitar pessoas com TEA para o mercado de trabalho.

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