Uma pesquisa inédita encomendada ao Instituto Datafolha pela plataforma Omens e pelo Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), mostrou que o preconceito em relação ao exame de toque retal para prevenção ao câncer de próstata diminuiu significativamente.
De acordo com o levantamento, 95% dos brasileiros reconhecem a importância do exame de toque retal para o diagnóstico precoce do câncer de próstata. Além disso, 88% avaliam que fazer o exame não interfere na masculinidade dos homens.
Quando falamos sobre homens maiores de 50 anos, 99% reconhecem a importância do exame de toque retal. Esse número é bastante surpreendente, já que essa faixa etária é vista como mais preconceituosa em relação a temas que envolvem sexualidade e masculinidade.
Preconceito ainda é relevante
Porém, 9% acreditam que o exame interfere na sexualidade masculina e 11% pensam que o toque retal pode deixar o homem sexualmente impotente. Mas, felizmente, a maioria das pessoas não acredita que o exame interfira na masculinidade ou cause impotência sexual.
Apesar de o preconceito ter caído bastante, esses dados não se traduzem em adesão ao exame de toque retal. Apenas 19% dos homens entre 18 e 70 anos já fizeram o exame pelo menos uma vez. O índice sobe para 56% quando se trata de homens com mais de 50 anos.
Além disso, 72% das pessoas ouvidas disseram que nunca fizeram o exame, mas fariam caso fosse necessário, número que cai para 40% entre os maiores de 50 anos. Cerca de 5% disseram que não fariam o toque retal em hipótese alguma, enquanto 2% não tem uma opinião formada.
Um câncer curável
Os brasileiros também se mostraram bastante confiantes em relação à cura do câncer de próstata, oito em cada dez disseram acreditar que esse tipo de tumor tem cura, enquanto apenas 5% disse acreditar que a doença não tem cura.
Entre os homens que já fizeram o exame de toque retal, nada menos do que 90% acreditam que o câncer de próstata é curável, índice que desce para 74% entre as pessoas que nunca fizeram o exame. Na população geral, 17% não tem uma opinião formada sobre o tema.
Ao todo, o Datafolha ouviu 999 homens e mulheres, com idades entre 18 e 70 anos, de diferentes partes do Brasil. O levantamento foi feito através da internet, seguindo uma metodologia quantitativa, que é a mesma usada, por exemplo, em pesquisas eleitorais.