Impacto brusco que tenha causado múltiplos traumatismos é a hipótese mais provável até o momento
As imagens do avião que levava a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas mostravam uma aeronave que parecia quase inteira após o acidente, com apenas a cauda rompida, mas a estrutura principal intacta. Em acidentes aéreos, o mais comum é que o jato inteiro fique destruído, ou mesmo sofra uma explosão. Nada disso aconteceu na tragédia que vitimou a cantora sertaneja, mas ainda assim as cinco pessoas a bordo acabaram falecendo.
A situação pode ser explicada: um impacto em baixa velocidade, mas muito brusco, que tenha causado muitos traumas no corpo dos dois tripulantes e três passageiros.
Apesar dos indícios apontarem nessa direção, apenas o relatório final do acidente poderá apontar o que realmente aconteceu – o documento está sendo produzido pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa), que já realizou a coleta de material no local do acidente e não tem prazo para concluir o trabalho.
Marília Mendonça morre após acidente aéreo em Minas Gerais
Segundo análise preliminar do legista Pedro Fernandes, do Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte, que realizou as necropsias, os cinco sofreram politraumatismos cranianos. “Um traumatismo por queda de avião é aquele que tem energias cinéticas vindo de diversos lados e de muita intensidade, atingindo as regiões letais do corpo, como abdômen, tórax, cabeça e pescoço. Os membros não são tão vitais. Os ocupantes têm lesões contundentes. É difícil determinar uma causa ou um evento letal de cada óbito. São diversos fatores que contribuem para a morte deles. É um politraumatismo craniano”, afirmou Fernandes em entrevista coletiva.
A Polícia Civil ainda aguarda o relatório final para determinar as causas da mortes.