Alunos tiveram contato com equipamentos e instrumentos utilizados em locais de perícia criminal
Um silêncio incomum, todos de olhos vidrados, atentos e curiosos, querendo ver de perto aquilo que muitas vezes só tiveram acesso em filmes, séries de TV e de streaming. O aulão realizado na última quinta-feira (03), para alunos da rede pública no município de São Miguel dos Campos, trouxe ensinamentos sobre as atividades da Polícia Cientifica de Alagoas.
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Polícia Científica promove aulão para alunos da rede pública de São Miguel dos Campos
Mais de 100 alunos do ensino médio da Escola Estadual Ana Lins participaram do aulão organizado pelo professor Hiago Rayson, integrante do Instituto de Criminalística de Maceió. A atividade foi uma ação preparatória para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que serão realizadas nos dias 3 e 10 de novembro.
Hiago Rayson afirmou que a atividade teve como objetivo ajudar aos alunos a escolher a profissão, a carreira que quer seguir e a compreender o papel da perícia na elucidação de crimes. Os alunos ainda tiveram contato com as famosas maletas de coleta de digitais e de locais de crimes usadas pelos peritos criminais quando o Instituto de Criminalística é acionado para levantamentos periciais.
No aulão, os alunos tiveram ainda a oportunidade de resolverem questões de vestibulares de forma contextualizada através de técnicas como revelação de impressões digitais, uso do luminol, e luzes forenses. Eles também aprenderam sobre entomologia forense, entre outras técnicas utilizadas pelos policiais científicos no dia a dia de trabalho deles.
“Ter a oportunidade de mostrar que a ciência tão estudada em sala de aula, pode ser usada a favor da justiça, a favor da verdade, proporciona uma motivação extra, tanto para quem aprende, como para quem ensina. É gratificante ver os olhos vidrados em uma aula de quase três horas de duração, e ainda ser abordado com a pergunta ao final do aulão: “professor, o que é preciso para ser da polícia científica?”. Sem sobra de duvidas ressignifica toda a nossa missão”, destacou o policial científico.
Entre os alunos que assistiram ao aulão estava a estudante Elizabeth Patrícia de França Farias, de 17 anos. Ela que pensa em cursar terapia ocupacional falou sobre a importância da oportunidade de participar dessa atividade para conhecer o trabalho desenvolvido pela Polícia Cientifica em todo o estado.
“Tivemos um aulão incrível, que abordou ciências forenses, o trabalho do professor Hiago Rayson como policial científico e questões relacionadas ao ENEM. O professor explicou tudo de forma clara e envolvente, mantendo o interesse de todo mundo. Foi uma experiência única. Com certeza aprendi muito e sou grata por cada momento!”, afirmou a aluna.
Órgão mais novo da Segurança Pública, a Polícia Científica gerencia os Institutos de Criminalística, de Identificação e Médico Legal. O quadro de carreira de servidores é formado por um amplo grupo de profissionais das mais diversas áreas de atuação, o que chama a atenção de muitos estudantes que estão prestes a escolher um curso de ensino superior.