Após assembleia realizada na noite desta quinta-feira (05/12), peritos criminais, legistas, técnicos forenses e papiloscopistas, todos servidores efetivos da Perícia Oficial do Estado, decidiram paralisar suas atividades por tempo indeterminado.
A paralisação vai atingir parcialmente os serviços dos institutos médicos legais de Maceió e Arapiraca e do Instituto de criminalística a partir das 7h da próxima segunda-feira (09/12). Nos IMLs, as necropsias terão redução de 50%; exames cautelares em presos; exames complementares; exames domiciliares e exumações serão suspensos na totalidade. Os demais serviços estarão mantidos, como exames de corpo delito na população em geral; exames em vítima de crimes sexuais, entre outros. O Instituto de Criminalística vai operar com 50% de sua capacidade para atendimento às perícias em locais de crime. Somente serão periciados locais com a presença da Polícia Civil. Além disso, não serão recebidos, na sede do Instituto, armas e munições; drogas; documentos; entre outros.
As atividades normais só deverão ser retomadas após o envio para a Assembleia Legislativa do projeto de lei que, entre outras providências, promove a criação de vagas para os quadros da Perícia Oficial.
“Cansamos de trabalhar no limite”, afirma Eduardo Bittencourt, Técnico Forense do IML de Maceió. “Queremos que o governo entenda que somos integrantes da Segurança Pública e merecemos respeito e tratamento semelhante àquele das outras categorias da SSP”, concluiu Bittencourt.
“O projeto foi um compromisso do governo, inclusive para viabilizar a abertura do Instituto de Criminalística de Arapiraca. Foi amplamente discutido. Foi um consenso. Estamos fazendo nossa parte. Queremos apenas o cumprimento dos acordos firmados. Nada além disso”, afirmou Paulo Rogério do Sindicato dos Peritos Oficiais de Alagoas.