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Pastora é convidada para ser ministra dos Direitos Humanos de Bolsonaro

Facebook/Damares Alves

Indicação tem o apoio da bancada evangélica

Advogada, educadora, pastora evangélica e uma das mais ativas militantes pró-vida e pró-família do Congresso Nacional, Damares Alves foi convidada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para ser ministra dos Direitos Humanos, numa pasta que incluiria ainda Mulheres e Igualdade Racial.

Segundo pessoas próximas, ela ainda estuda se aceita o convite. Caso a resposta seja positiva, será a primeira vez na história que uma pastora ocupa o cargo de ministra de Estado. Também será a segunda mulher dos ministérios do presidente eleito após Tereza Cristina (DEM/MS), indicada para a Agricultura.

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Lembrada por parte da mídia apenas por ser “assessora de Magno Malta”, Damares é muito mais do que isso.

O presidente da Frente Parlamentar Evangélica, pastor Takayama (PSC/PR) disse ao Gospel Prime que vê com bons olhos a indicação. “Ela tem defendido as nossas pautas e bandeiras da fé cristã. Temos inteira confiança no trabalho da Dra. Damares, que tem o nosso apoio.”

Embora ela não faça parte da lista tríplice da bancada para um Ministério, tem seu apoio. “Não estamos aqui para barganhar cargos, mas para contribuir com a mudança da história do Brasil”, reforçou Takayama.

Para Gessé de Roure Filho, diretor nacional do ministério Parlamento & Fé Brasil, a informação está sendo bem recebida no meio cristão. “Queremos manifestar nosso irrestrito apoio à referida indicação. Trata-se de uma advogada altamente qualificada para o cargo, com profundo conhecimento e experiência sobre os assuntos que envolvem a pasta”, disse.

Conforme Walter de Paula Silva, advogado e professor de Direitos Humanos, “Dra. Damares foi pioneira na identificação das tentativas de violação de direitos humanos de crianças, mulheres, indígenas, ciganos. Ela conhece bem o Congresso Nacional, tendo trabalhado junto à Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família, onde ajudou a travar uma luta constante contra pautas como a legalização do aborto e das drogas. Não temos nome melhor para o cargo”.

À frente do Ministério dos Direitos Humanos, a pastora pode quebrar o paradigma falso criado pela esquerda brasileira nos últimos governos que setorizou os “Direitos Humanos” e restringiu esse tema tão importante ao debate ideológico que beneficiou majoritariamente o ativismo LGBT.

Com sua larga experiência no tema, Damares terá a oportunidade de dar uma “nova perspectiva” nas atividades da pasta, como devem fazer a maioria dos futuros ministros.

Povos indígenas
Damares é uma das principais referências no indigenismo. Ela possui uma ligação estreita com os povos indígenas brasileiras, tendo adotado uma menina índia como filha. Também se tornou referência no resgate de crianças indígenas em situação de risco e principal responsável pela aprovação da Lei Muwaji, que visa proteger crianças indígenas rejeitadas que seriam vítimas de infanticídio.

Para a jornalista indígena Sandra Terena, vencedora do prêmio Internacional Jovem da Paz em 2009 a indicação de presidente eleito pode mudar a história dos Direitos Humanos para os povos indígenas.

“Damares conhece profundamente a necessidade do nosso povo. A ‘era petista’ foi o pior momento da história do Brasil para os povos indígenas, sobretudo quando o ex-presidente Lula assinou o decreto 7056 que extinguiu muitas administrações da Funai pelo nosso país. Ao contrário do que diziam por aí, o governo Bolsonaro pode desfazer os estragos feitos pelo governo Lula e Dilma. Nós, povos indígenas, fomos usados por este governo e depois subjugados pelo próprio Estado. Damares vai revolucionar os Direitos Humanos em todas as áreas, principalmente na questão da igualdade racial”, acredita Terena.

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