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Padre é agredido e preso em meio a manifestações por liberdade em Cuba

Reprodução
Sacerdote cubano comenta sobre a preocupante pobreza que paira sobre o país

No domingo (11) durante as manifestações que ocorriam em várias cidades de Cuba, o padre Castor Álvarez Devesa foi golpeado e detido por defender indivíduos que protestavam na cidade de Camagüey.

O padre Rolando Montes de Oca, sacerdote da arquidiocese da cidade, disse em uma entrevista à ACI Prensa que não sabe a origem das manifestações que ocorrem em quase todo país.

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No entanto, alguns eventos podem explicar esse acontecimento, como por exemplo a situação econômica que se agravou depois que no começo do ano o governo ordenou novas medidas chamadas de “reordenamento econômico”.

Com isso, a vida da população ficou mais difícil, de acordo com Oca.

“Temos uma inflação fora do comum. Cada vez é mais difícil conseguir produtos de primeira necessidade, como os alimentos. Há uma situação de pobreza material muito séria”, acrescentou.

Violência do governo contra o povo aumenta

O sacerdote cubano, de 40 anos, ainda afirmou que nunca viu tanta revolta contra o governo em toda a sua vida, e que os acontecimentos recentes são únicos em pelo menos seis décadas. Montes afirmou que nunca viu uma resposta tão violenta do governo contra o povo.

O padre Devesa foi libertado nesta segunda-feira (12) depois que o arcebispo de Camagüey, dom Willy Pino, tomou providências.

Ele ficou detido na delegacia de polícia de Monte-Carlo, acusado de desordem pública por defender os manifestantes que são contra o governo comunista de Cuba.

Oca disse que ele só foi libertado depois de “uma longa negociação do arcebispo, que durou praticamente o dia inteiro”, segundo as informações da ACI.

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