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Os segredos por trás da prisão mais cara do mundo

Getty Images

Talvez você já tenha ouvido falar da prisão de Guantánamo. Esta é uma das prisões mais conhecidas do mundo, justamente pela história que cerca sua construção e o que custa sua manutenção até os dias de hoje.

A prisão de Guantanamo é uma das mais polêmicas do mundo, justamente pelo que esta por trás dela. A prisão é mantida pelos Estados Unidos, mas não esta localizada na América do Norte.

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A prisão fica na Baía de Guantanamo, que é uma área pertencente a Cuba. Mas por que os Estados Unidos mantém uma prisão em Cuba, país alvo de suas sanções econômicas, por anos?

A HISTÓRIA DE GUANTANAMO

A prisão começou a operar em 2002, logo depois do atentado as Torres Gêmeas. Os Estados Unidos declaravam “guerra ao terror”, chegando a prender 700 pessoas no presídio em Guantanamo.

A base militar do país já estava instalada no local há mais tempo. O que não chega a ser uma surpresa, já que os Estados Unidos mantém bases militares em várias regiões do mundo: as vezes, com permissão do governo local, as vezes não.

Por exemplo, os Estados Unidos mantém há anos base militar no Brasil. Na época, a instalação contou com acordo do governo, mas isso não impediu que a história gerasse críticas.

VOLTANDO A CUBA

Com o passar dos anos o número de presos caiu e atualmente existe um grupo inferior a 50 presos. Ainda assim, a prisão é uma das mais caras do mundo, porque seu custo de manutenção é altíssimo.

Para se ter ideia, em 2013, o  Departamento de Defesa dos Estados Unidos divulgou que o custo da prisão havia atingido R$1,9 bilhão. Naquele ano, haviam 166 prisioneiros e cada um custava R$11,2 milhões aos cofres públicos estadunidenses por ano.

De 2013 em diante, o número de presos foi sendo reduzido progressivamente, mas o custo da base aumentava. Acontece que os Estados Unidos precisa mobilizar muitos esforços, o que custa dinheiro, para administrar a base.

A Baía fica fora do território continental, o que significa que toda aproximação precisa acontecer por ar, ou mar. Os presos no local estão envelhecendo e, consequentemente, o cuidado médico se torna mais caro, mais custoso.

A base precisa da presença de militares. No último balanço divulgado, haviam 1800 soldados na base, o que dava uma média de 45 a 50 militares para cada preso. Além disso, estima-se que existam cerca de 2 mil civis trabalhando na prisão. Os custos? Nas alturas.

De acordo com um dos últimos balanços divulgados pelo Governo do país, o custo de manutenção da prisão havia subido para R$2,2 bilhões por ano, mesmo com a redução do número de presos.

DESATIVAÇÃO DA PRISÃO

Desde o governo Obama, os Estados Unidos ensaiam a desativação da prisão de Guantanamo. Naquela época, no entanto, o governo esbarrou em dura oposição política. Para a oposição, é inviável levar os presos de Guantanamo, apontados como grandes terroristas, para o território norte-americano.

Durante o Governo Trump, foi reafirmado o compromisso de manutenção da prisão, mas Trump descartou que mais presos fossem enviados a baía cubana. Agora, as coisas podem voltar a mudar.

Biden sinalizou, de novo, o interesse do governo em encerrar a prisão. Apesar disso, não é do interesse do governo desocupar a base militar.

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