As Polícias Civis de Alagoas, São Paulo, Sergipe e Maranhão deflagraram, nesta quinta-feria (3), uma operação batizada de – Operação Potoqueiro – destinada a coibir o chamado ‘golpe do Motoboy’. Até o momento, nove pessoas foram presas.
A investigação foi conduzida pela Polícia Civil de Alagoas, por meio da Divisão Especial de Investigações e Capturas (DEIC), sob a coordenação dos delegados Gustavo Henrique e José Carlos Santos.
“A operação objetivou o cumprimento de 20 mandados de prisão e de buscas domiciliares, tendo sido presas em São Paulo, até o momento, cinco pessoas pelo Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE) da Polícia Civil daquele estado, comandado pela delegada Ivalda Aleixo. Um homem foi preso na cidade de Aracaju (SE) com atuação do Centro de Operações Policiais Especiais (COPE), da PC sergipana, sob a coordenação do delegado Dernival Eloi Tenorio; e outro mandado de prisão foi cumprido pelo delegado Albert Fontes, da Superintendência Estadual de Repressão ao Narcotráfico (SENARC), da Polícia Civil do Maranhão, em São Luís. Outros dois mandados de prisão foram cumpridos pela DEIC em Maceió (AL). No total, 9 pessoas presas até o momento”, explicou o delegado Gustavo Henrique, diretor da DEIC, da PC de Alagoas.
Além disso, durante as investigações que duraram aproximadamente oito meses, a DEIC da PCAL prendeu, em flagrante, em ações pontuais, mais sete pessoas que participavam do esquema criminoso, quando aplicavam o golpe em Maceió e outras cidades de Alagoas.
Os mandados de prisão e busca foram expedidos pelo colegiado da 17ª Vara Criminal da Capital, em Inquérito Policial instaurado em Alagoas que apura centenas de crimes de furto mediante fraude, uso de documentos falsos, lavagem de capitais e organização criminosa.
Durante a operação, foram apreendidos dinheiro, maquinetas, anotações com contabilidade do grupo, além de outros objetos relacionados aos crimes praticados.
Segundo o delegado Gustavo Henrique, essa é uma operação importante, pois conseguiu desmantelar organização criminosa que aplicava o golpe em diversos estados da federação, fazendo vítimas, especialmente pessoas idosas em razão da maior vulnerabilidade, destacando que só durante a investigação mais de 100 pessoas foram lesadas, resultando num prejuízo de cerca de 1,3 milhões de reais.
O delegado José Carlos, integrante da equipe da DEIC da PCAL, explicou que os criminosos obtinham ilegalmente dados bancários, sobretudo de pessoas idosas, simulavam falsas centrais de cartões de crédito e convenciam as vítimas de que seus cartões teriam sido clonados, diante do que seria necessária a troca imediata do cartão. “Sob a falsa alegação de necessidade de perícia ou investigação criminal, os criminosos enviavam integrantes do grupo até a casa das vítimas para recolher os cartões que acabavam tendo os limites de crédito zerados e todo saldo em conta sacado pelos envolvidos no golpe”, acrescentou a autoridqade policial.
O delegado Gustavo Henrique ainda enalteceu a investigação presidida pelo delegado José Carlos, titular da Seção Antisequestro e de Crimes Cibernéticos da DEIC de Alagoas e agradeceu o incondicional apoio das Polícias Civis de Sergipe, Maranhão, e especialmente de São Paulo que disponibilizou 40 equipes policiais para o cumprimento dos mandados, já que a maioria dos integrantes da Organização Criminosa residia naquela unidade federativa.
Por fim, o diretor da DEIC da PCAL agradeceu também todo o suporte imprescindível para o êxito da operação que foi dado pelo secretário de Segurança e pelo delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, respectivamente, coronel Lima Júnior e delegado Paulo Cerqueira.