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‘O sonho do pobre do Nordeste é ser pobre no Sul’, diz ministro de Lula

Reprodução

O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou nesta segunda-feira, 19, que o “sonho do pobre do Nordeste é ser pobre no Sul”. Natural de Pernambuco, o ministro fez a declaração ao defender a necessidade de união entre governistas e opositores para lutar contra o desemprego e a fome e para avançar sob os diferentes desafios consequentes da extensão territorial e diversas realidades do País.

“Eu acho que nós precisamos sentar e a grande arma que nós precisamos estimular é a arma do diálogo. Vencedores e vencidos precisam sentar em algum momento, porque nós temos 10 milhões de desempregados neste País e 33 milhões de pessoas vivendo na base de insegurança alimentar. Este País é um continente, é diferente”, disse Múcio, durante discurso em evento virtual do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE) sobre defesa nacional do Brasil.

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“Digo muito que somos cinco países, nem os pobres são os mesmos neste País. Somos de um Estado, o Jungmann (ex-ministro Raul Jungmann) e eu, que o sonho do pobre do Nordeste é ser pobre no Sul, porque vai viver numa região diferente”, completou.

Críticas
Nas redes sociais, usuários entenderam a declaração do ministro como preconceituosa e alguns pediram também a demissão de Múcio. “É uma vergonha que o governo Lula tenha esse ser abjeto como ministro. Fora José Mucio, cretino preconceituoso. É aí, Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, vamos ouvir calados?”, disse um internauta. Outros classificaram a frase como “infeliz” e ressaltaram as qualidades dos Estados do Nordeste.

Em nota enviada ao Estadão, a assessoria do Ministério da Defesa enfatizou a origem pernambucana do ministro e afirmou que sua declaração tinha como objetivo destacar as desigualdades entre as regiões do País. “Conhecedor profundo das desigualdades sociais e econômicas do Brasil, fez a fala de forma a ressaltar que a diferença da renda per capita entre Nordeste e as regiões Sul e Sudeste é injusta e precisa acabar.”

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