Após trancos e barranco, finalmente os Estados Unidos deu posse ao seu 46º presidente. E segundo muitos internacionalistas, só a circunstância de Donald Trump não liderar a Casa Branca já significa uma virada de página surpreendente na política americana e consequentemente na Política Internacional que tal cargo representa. É inegável que seus discursos abrasados serviram como base para outros mandatários seguirem a mesma linha inflamada no decorrer dos anos, inclusive aqui no Brasil.
Contudo, para não refletir a mesma imagem passada por Trump, Joe Biden tem a responsabilidade de que seu mandato seja pautado mais em ações e menos em discursos populistas e agressivos.
E suas primeiras semanas já refletem essa mudança de postura em relação a seu antecessor. Em síntese, Biden imediatamente defendeu uma política externa mais agressiva no que tange à Rússia e à China, considerados rivais dos EUA na atual ordem geopolítica e econômica.
Ainda, Biden sinalizando uma mudança extrema em relação a Donald: a agenda ambiental. Até mesmo antes de sua posse Joe já sinalizava o retorno dos Estados Unidos ao Acordo de Paris, e ao assumir o cargo, imediatamente cumpriu sua palavra, inclusive com a aprovação de um novo pacote de medidas para proteção do Meio Ambiente. E finalmente, o presidente americano sinaliza a possibilidade de dobrar o salário mínimo do trabalhador estadunidense.
A relação entre a imprensa e a presidência foi uma mudança notável e elogiada, Biden agora posa para fotos e responde perguntas de jornalistas no espaço reservado da Casa Branca. Contrariando seu antecessor, que além de tratar jornalistas de forma hostil, influenciou diversos líderes mundiais para fazer o mesmo, a exemplo de Jair Bolsonaro, que desde sempre assume uma postura agressiva em relação à impressa, notavelmente copiada de Donald Trump.
Finalmente, os apelos e iniciativas de Joe Biden para superar os anos sombrios de seu antecessor serão postos comprovados à medida que encontrar resistência no Poder Legislativo Americano. Analistas estão confiantes e afirmam que Biden está em uma posição ideal para destravar o que Donald Trump emperrou, contudo, ainda é cedo para afirmar se Joe terá uma tarefa fácil ou árdua.