Cada mulher tem um “mapa” único de ramificações desse nervo

Nem todas as mulheres sabem, mas existe um nervo responsável por transmitir ao cérebro as sensações do clitóris. Por isso, ele é considerado essencial para o orgasmo feminino. É o pudendo, localizado no quadril e responsável pela sensibilidade na região perineal (entre o clitóris e o ânus) e pelo controle de alguns músculos.
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O nervo pouco conhecido que influencia o prazer feminino
Cada mulher tem um “mapa” único de ramificações desse nervo, o que explica por que pontos de prazer podem variar de pessoa para pessoa.
O problema é que, quando sofre compressão, esse mesmo nervo pode se transformar em fonte de dor. A chamada neuralgia do pudendo costuma ser difícil de diagnosticar e muitas vezes acompanha a paciente por vários anos.
Sintomas que merecem atenção: dor em forma de queimação ou pontadas na pelve, piora da dor ao permanecer sentado, sensação de amortecimento na região íntima, dor durante a relação sexual e dificuldade para urinar.

Em muitos casos, a paciente passa por uma série de especialistas e exames de imagem sem encontrar respostas. Como a ressonância costuma não mostrar alterações, há situações em que a dor é atribuída de forma equivocada a causas psicológicas. Chegar ao diagnóstico exige uma avaliação criteriosa, que inclui descartar alterações no quadril, problemas de pisada e outras condições que podem irradiar dor para a pelve.
O tratamento é feito em etapas. Primeiro, utilizam-se medicações orais para aliviar os sintomas. Se não houver melhora, o bloqueio anestésico do nervo é uma alternativa: promove alívio temporário, embora a dor possa retornar. A fisioterapia especializada também desempenha um papel importante, principalmente no manejo das tensões musculares associadas.
Nos casos mais resistentes, existe a opção cirúrgica chamada neurólise do pudendo. Por meio de técnica minimamente invasiva, como a robótica, é possível descomprimir o nervo e restaurar sua função. Embora ainda relativamente nova no Brasil, a cirurgia vem apresentando excelentes resultados em centros internacionais.
É importante lembrar: uma pelve saudável não significa apenas uma vida sem dor, mas também a preservação de uma das maiores fontes de prazer feminino. Cuidar da saúde íntima passa por estar atenta a sintomas persistentes, buscar avaliação especializada e não aceitar conviver com a dor como se fosse algo sem solução.
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