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Novo estudo revela que 13 milhões de brasileiros deixaram de passar fome

Número de brasileiros que passam fome caiu de 33 milhões em 2022 para 20 milhões em 2023

Novo estudo revela que 13 milhões de brasileiros deixaram de passar fome

O número de brasileiros que passam fome caiu de 33 milhões em 2022 para 20 milhões em 2023. Ainda é muita gente, mas a notícia é um avanço no combate à miséria no país.

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Novo estudo revela que 13 milhões de brasileiros deixaram de passar fome

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O estudo do Instituto Fome Zero, que analisou indicadores de inflação e de emprego, verificou menor exposição dos mais pobres à insegurança alimentar grave. Colaboraram o crescimento da renda da população, puxado pelos ganhos com os programas de transferência de renda e pelo reajuste acima da inflação do salário mínimo.

A projeção, divulgada na segunda-feira (11), foi feita a partir do cruzamento de dados da Pesquisa de Orçamento Familiar e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), ambas do IBGE e foi encomendada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

Insegurança alimentar
O instituto estima que, após subir de 20,6% para 32,8% entre 2018 e 2021, o nível de insegurança alimentar caiu desde então e chegou a 28,9% em 2023. O estudo considera duas situações de insegurança alimentar:

Insegurança Alimentar Moderada: Nessa condição, o indivíduo não faz as três refeições diárias ou não se alimenta o suficiente para ter uma vida saudável.

Insegurança Alimentar Grave: Nessa condição, o indivíduo fica um dia ou mais sem comer, no que se traduz como passar fome.

Poder de compra
Também contribuiu a política de valorização do salário mínimo, proposta pelo governo federal no ano passado e retomada este ano. Ela prevê reajustes anuais que levem em conta inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e a taxa de crescimento real do Produto Interno Bruto de dois anos antes.

“As pessoas ganharam mais do que perderam com a inflação. Mas o maior elemento é a política de aumento do salário mínimo, que atinge todos os brasileiros, mesmo aquelas pessoas que não ganham o salário mínimo são afetadas”, disse José Graziano, ex-ministro de Combate à Fome, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura de 2012 a 2019, e um dos fundadores do Instituto Fome Zero.

Índice de Miséria em queda
O Instituto Fome Zero analisou os indicadores de desemprego e de inflação para retratar a exposição da população carente à insegurança alimentar e nutricional. Combinados, os dois indicadores formam o Índice de Miséria.

Após relativa estabilidade no indicador para o período entre 2017 e 2019, o índice voltou a crescer entre 2019 e 2021, quando alcançou 21,2%.

A partir de 2022, no entanto, voltou a cair, chegando a 12,4% em 2023.

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