Fico perplexo a cada vez que volto a ler sobre os direitos fundamentais. Sempre me causa incômodo a imensa disparidade entre o prometido e o efetivado.
O mínimo existencial é negado, cotidianamente, para grandiosa parcela da população brasileira; e quem adentra ao mundo Facebook não se desprende dessa mácula, pois tem os pés no mundo. É sufocante passar os olhos sobre os direitos sociais insculpidos na nossa Constituição e pensar nas realidades concretas.
E não foi Kant quem errou ao separar, metodologicamente, o ser e o dever ser. Somos nós que erramos ao reputar as fórmulas ideais como apenas ideais, esquecendo do “dever” frente a cada uma dessas.
Por isso, muitos direitos são como gritos de socorro.