Com o período de eleições se aproximando, um caso chamou atenção dos internautas no último sábado (7). Um motorista da Uber se recusou a transportar uma passageira por razões políticas. Segundo print divulgado no Twitter, o condutor informou, por mensagens, que “não transporta petistas”. O caso aconteceu em Belém, no Pará.
A passageira não estava com identificação partidária, mas apenas acompanhada de amigos que usavam símbolos relacionados ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Ela estava saindo de um ato que transmitiu o lançamento da pré-candidatura de Lula e pediu o Uber após almoçar com amigos em outro bairro. A moradora de Belém trabalha para a vereadora Lívia Duarte, do PSol.
Após reclamações da usuária, a Uber a enviou uma mensagem afirmando que tomará medidas para que o incidente não se repita. Ao Correio, a empresa se pronunciou através de nota. A Uber informou que defende o respeito à diversidade e que esse caso configura violação dos termos de uso e ao código de conduta do aplicativo, ressaltando que isso não é tolerado na parceria. Não foi informado, entretanto, se a empresa cortou relações trabalhistas com o motorista.
“Os motoristas parceiros da Uber são independentes e, como todo brasileiro, têm direito a ter sua posição política. No entanto, negar-se a atender uma pessoa em razão de seu credo, raça, nacionalidade, religião, necessidade especial, orientação sexual, identidade de gênero, estado civil, idade ou inclinação política configura violação dos termos de uso e ao código de conduta do aplicativo, o que não é tolerado na parceria”, diz nota.