Quando as mulheres grávidas cantam para seus bebês ou ouvem música durante a gravidez, os bebês nascem com uma melhor capacidade de codificação neuronal dos sons da fala.
A exposição musical diária durante as últimas semanas de gravidez mostrou-se associada a uma codificação aprimorada de compostos de som de baixa frequência, o que pode melhorar a percepção do tom pelo recém-nascido.
Esses efeitos da exposição musical pré-natal sobre estímulos da linguagem foram detectados usando uma resposta cerebral específica: A resposta de seguimento de frequência (RSF), que informa sobre a codificação neural apropriada dos sons da fala.
“O estímulo musical chega ao sistema auditivo com componentes rítmicos de baixa frequência que o treinam para organizar a plasticidade neural, disse Sonia Alcón, da Universidade de Barcelona (Espanha).
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Terapia musical
A resposta de seguimento de frequência é condicionada por uma variedade de deficiências de fala e linguagem, e o estudo comprovou que ela é afetada pelo ambiente fetal e pelo ambiente acústico pré-natal.
Com isto, os pesquisadores propõem que essa medida seja usada como um biomarcador para detectar o risco de comprometimento da linguagem e estabelecer medidas preventivas no início da vida.
“Este é apenas o primeiro passo para uma aplicação clínica específica após os necessários estudos de acompanhamento,” disse o professor Carles Escera, coordenador da pesquisa. “Portanto, crianças com uma resposta cerebral atenuada, por exemplo, bebês nascidos com baixo peso, podem se beneficiar de um programa de intervenção musical.”