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MPT realiza nova audiência de mediação para acompanhar processo de recuperação judicial da Usina Sinimbú

Cortesia AlagoasWeb

O Ministério Público do Trabalho (MPT) e representantes jurídicos da usina Sinimbú se reuniram em nova audiência de mediação, no dia 17 deste mês, para atualizar os ex-trabalhadores da usina sobre o andamento do processo de recuperação judicial da empresa. O MPT busca alternativas que garantam o pagamento de créditos trabalhistas que a Sinimbú deixou de pagar aos empregados antes de decretar recuperação judicial.

De acordo com o administrador judicial Evandro Jucá Filho, a designação de assembleia de credores foi solicitada à Justiça Comum – junto ao juízo da 4ª Vara Cível da Capital, onde tramita o processo de recuperação -, mas o requerimento não foi acolhido em razão da pandemia da Covid-19 e da necessidade de distanciamento social. A realização de assembleia é um pleito dos ex-empregados da usina, que aguardam receber os valores devidos.

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Cerca de 800 credores trabalhistas estão habilitados na recuperação judicial da usina e, desse número, cerca de 260 já realizaram mediações para receber seus créditos, de acordo com o advogado da empresa. Neste momento, a Sinimbú realiza mediações relativas a créditos trabalhistas com valor máximo de R$ 22 mil.

Já os valores obtidos com o leilão de imóveis da usina e valores adquiridos com o arrendamento de terras estão depositados em conta judicial destinada ao pagamento dos credores trabalhistas que tenham interesse em realizar acordos de mediação com a empresa. As medidas foram definidas após atuação do Ministério Público do Trabalho, na última audiência de mediação realizada em fevereiro deste ano, e deferidas pelo juízo após petição apresentada pelo administrador judicial.

O procurador-chefe do MPT em Alagoas, Rafael Gazzaneo, que conduz o procedimento de mediação, esclareceu que a decisão sobre o valor exato a ser pago aos trabalhadores será realizada pela assembleia de credores, mas que, em regra, o pagamento feito por empresa em recuperação judicial sofre deságio. Gazzaneo também orientou que a comissão de ex-trabalhadores apresente o nome completo dos credores trabalhistas que supostamente receberam, nos procedimentos de mediação realizados pela usina, valores superiores ao limite imposto pelo plano de recuperação judicial.

O MPT continuará acompanhando o processo de recuperação judicial da Usina Sinimbú. Os créditos que os trabalhadores têm a receber são referentes a verbas rescisórias, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), cerca de 7 meses de salários atrasados e outros encargos trabalhistas.

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