MPF quer controle de veículos na orla para evitar danos ambientais em Feliz Deserto

Redação / Ascom MPF-AL 31/07/2025

Recomendação prevê cumprimento da Resolução Cepram, regulamentação local e fiscalização efetiva para preservar a zona costeira

MPF quer controle de veículos na orla para evitar danos ambientais em Feliz Deserto
MPF quer controle de veículos na orla para evitar danos ambientais em Feliz Deserto (imagem: AlagoasWeb)

O Ministério Público Federal (MPF) expediu recomendação ao Município de Feliz Deserto para que adote medidas imediatas de controle do tráfego de veículos automotores na Praia do Toco/Maçunim. O objetivo é o cumprimento da Resolução nº 31/2016 do Conselho Estadual de Proteção Ambiental de Alagoas (Cepram), que proíbe o trânsito de veículos motorizados em toda a faixa de areia da zona costeira do estado, visando à proteção do ecossistema local.

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MPF quer controle de veículos na orla para evitar danos ambientais em Feliz Deserto

A recomendação, de autoria do procurador da República Lucas Horta, estabelece o prazo de 60 dias para que o município promova ações que impeçam a circulação indiscriminada de carros, motos e quadriciclos na praia, permitindo apenas exceções restritas, como o acesso de moradores e comerciantes que não possuem outra via de entrada. Para isso, o MPF orienta que seja regulamentado o tráfego na região, considerando as especificidades locais e tomando como exemplo a Portaria SMTT nº 6/2015 do Município de Maceió, que prevê o cadastramento dos proprietários de imóveis com acesso exclusivo pela praia.

Veja também: MPF recomenda medidas para impedir tráfego de veículos na Praia do Pontal do Peba

Fiscalização — Além disso, o MPF recomenda a realização de fiscalização constante e efetiva, com a possível cooperação de órgãos como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Polícia Militar, o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA-AL) e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran). O município deve também promover campanhas educativas e instalar sinalização adequada para informar a população e visitantes sobre as restrições e exceções vigentes.

A recomendação ressalta ainda a importância de articular a fiscalização com as prefeituras de praias vizinhas, buscando soluções integradas e duradouras para o problema do tráfego irregular de veículos na faixa de areia. O MPF alerta que o descumprimento das medidas poderá acarretar responsabilização judicial e administrativa, inclusive por danos ambientais decorrentes da omissão.

Ao concluir, o procurador Lucas Horta reforça que a medida visa assegurar a proteção da zona costeira e da biodiversidade, garantindo o uso sustentável desse importante patrimônio natural, podendo adotar novas providências para assegurar o cumprimento das normas e a preservação ambiental na região.

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