MPF acompanha debates sobre derramamento de melaço da Usina Porto Rico no Lagoa Jequiá

Por: Redação / Ascom MPF/AL  Data: 05/02/2021 às 08:40

Vazamento de melaço e situação de barracas de praia foram debatidas e informações foram colhidas para procedimentos

IMA/AL

Na manhã desta quinta-feira (4), o Ministério Público Federal (MPF), representado pela procuradora da República Juliana Câmara, titular do ofício do meio ambiente, participou da 23ª reunião do Conselho da Resex Marinha Lagoa do Jequiá, a fim de acompanhar e contribuir com os debates referentes ao derramamento de melaço da Usina Porto Rico e o licenciamento ambiental das barracas de praia localizadas entre os municípios de Jequiá da Praia e Coruripe, em Alagoas.

Tramitam procedimentos administrativos na Procuradoria da República em Alagoas com o intuito de acompanhar ambos os casos. O Procedimento Preparatório nº 1.11.000.001423/2020-60 foi instaurado para apurar notícia de vazamento acidental de substrato de cana-de-açúcar (melaço), com graves danos à fauna e à flora da Resex Marinha da Lagoa do Jequiá, em Campo Alegre (AL), cuja autoria é atribuída à Usina Porto Rico.

Por meio da Notícia de Fato nº 1.11.000.001193/2020-39, o MPF apura, no âmbito cível, as construções irregulares de barracas comerciais em área de preservação permanente no Povoado Barra do Jequiá, município de Coruripe/AL.

O encontro virtual com representantes de diversos órgãos, assim como pescadores e barraqueiros diretamente atingidos nos eventos, é uma importante fonte de informações que embasam encaminhamentos dados aos procedimentos apuratórios no MPF.

Além de apresentar aos participantes detalhes da atuação do MPF em ambos os casos, a procuradora da República aproveitou para solicitar informações e cobrar respostas, especialmente ao IMA, que já recebeu três ofícios sobre o vazamento de melaço no rio Jequiá e não apresentou as informações solicitadas.

“Participar dessas reuniões, mesmo que virtualmente, tem sido muito importante para a atuação do MPF na proteção ambiental, além de poder ouvir diretamente do atingido o impacto que eventual dano ambiental tem causado diretamente à sua vida. Temos colhido contribuições muito valiosas para nossa atuação”, comentou Juliana Câmara.

Acompanharam a reunião, além do MPF, representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), da Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas Costeiras e Marinhas (Cofrem), do Instituto do Meio Ambiente (IMA) de Alagoas, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), do Instituto Federal de Alagoas (IFAL), do Instituto Biota, da Usina Porto Rico, da Colônia de Pescadores, da Federação de Pesca, e outros.

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