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MP sustenta acusação de crime bárbaro e pedirá pena máxima para namorada que matou advogado italiano

Reprodução TV/Gazeta

Amanhã, dia 15, a partir das 9h, o Ministério Público de Alagoas terá mais uma grande atuação no Tribunal do Júri, da 7ª vara Criminal, no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no Barro Duro, em Maceió, dessa vez pedindo pena máxima para Cléa Fernanda Máximo, ré confessa do assassinato do namorado, o advogado italiano Carlo Chicclelli, de 48 anos, crime ocorrido em 2018. Após o crime, a autora escondeu o corpo por pelo menos 30 dias na casa onde moravam, no bairro da Ponta Grossa.

Foram reservados três dias para o júri – da quarta à sexta-feira_ mas o promotor de Justiça, Dênis Guimarães, acredita que seja concluído antes. Familiares do italiano estão na lista das testemunhas que serão ouvidas .

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“O crime foi bárbaro, de repercussão internacional, e a ré teve uma reação fria após o assassinato escondendo o corpo na própria residência do casal. Ainda teve a capacidade de se passar pelo senhor Carlo Cicchelli para extorquir a família e mesmo ouvindo o clamor dos familiares da vítima, manteve a mentira e a frieza de continuar ocultando o cadáver. Como assumiu o crime e já foi esclarecido, acredito que não se estenda até a sexta, mas posso garantir que o Ministério Público se empenhará e pedirá pena máxima com todas as qualificadoras que puderem agravar a condenação”, explica o promotor Dênis Guimarães.

Crime

A alagoana disse à polícia que teria matado o italiano Carlo Chicchelii num ritual de magia negra, confessou que ele foi algemado, mas disse em sua versão que foi a pedido da vítima. O corpo ficou escondido por um mês em um dos cômodos da casa, envolvido em sacos plásticos e, para amenizar o mau cheiro, pelo estado avançado de decomposição, e também para não despertar a desconfiança dos vizinhos, colocou carvão, perfume e outros produtos.

Carlo Chicchelli e Cléa Máximo começaram a namorar em Turin, na Itália, onde eram vizinhos. Até que ele decidiu morar com ela em Maceió, no bairro da Ponta Grossa. Por dois meses a família do estrangeiro ficou sem notícias dele e começou a estranhar.

Cléa, por sua vez, passando-se pelo namorado, começou a manter contato pedindo dinheiro. Somente após algum tempo, ela confessou ser a responsável pelos contatos e criou versões para convencer a família a enviar os valores pedidos, entre elas que havia se envolvido com a filha de um traficante, estava escondido, ameaçado de morte e precisava do dinheiro para fugir, o que estranharam.

Sem suportar a pressão, percebendo que estava sem saída, Cléa decidiu se entregar à polícia, procurou a delegacia e confessou o crime.

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