Um motim em uma prisão feminina hondurenha na terça-feira deixou pelo menos 41 mulheres mortas no que o governo chamou de ataque liderado por gangues em retaliação aos seus esforços para reprimir a corrupção em penitenciárias.
Autoridades estão trabalhando para identificar os corpos no Centro Feminino de Adaptação Social, uma penitenciária feminina com capacidade para 900 pessoas a cerca de 20 quilômetros da capital Tegucigalpa, disse à Reuters Yuri Mora, porta-voz da promotoria.
A maioria morreu queimada, enquanto outras foram baleadas, afirmou Mora. Outras sete pessoas estavam sendo tratadas em um hospital, segundo um porta-voz do hospital.
A presidente Xiomara Castro disse que o motim foi planejado por membros de gangues com conhecimento dos guardas.
“Tomarei medidas drásticas”, declarou ela no Twitter.
A primeira ação de Xiomara Castro na noite de terça-feira foi substituir o ministro da Segurança, Ramón Antonio Sabillón, pelo chefe da polícia nacional, Gustavo Sánchez, transferindo Sabillón para o serviço estrangeiro.
Mais medidas serão anunciadas nesta quarta-feira, disse o gabinete da presidente, para “combater o crime organizado e desmantelar o boicote contra a segurança promovido dentro das prisões”.
O motim foi provavelmente uma reação à repressão do governo nos últimos meses contra a corrupção nas prisões, disse Julissa Villanueva, chefe do sistema penal.