Ele lutava contra um câncer desde abril
O ator Caike Luna, que atuou em humorísticos como “Zorra Total”, da TV Globo, e no Multishow, como “Baby Rose”, “Treme e Treme” e “Xilindró”, morreu na manhã deste domingo (3). Ele lutava contra um câncer desde abril. A informação foi confirmada pela atriz Katiuscia Canoro.
“É com a maior tristeza do mundo que venho comunicar a partida do meu irmão”, disse a irmã do artista nas redes sociais.
Luna revelou que fazia tratamento contra o Linfoma Não-Hodgkin, um tipo de câncer no sistema linfático, em abril. Na época ele contou que havia perdido o pai para covid-19.
“Não podemos deixar que a realidade nos sequestre a capacidade de voar apenas fechando os olhos. Ela sempre vai tentar. Quando esse vírus da vida real bateu lá em casa e levou meu pai, fiquei triste, perdi peso, perdi um pouco meu dom de iludir. Achei que era tristeza, mas era acúmulo desse medo da vida como ela é.”, escreveu.
Linfoma Não-Hodgkin
O linfoma é o sexto tipo de câncer mais comum em todo o mundo. Nos últimos anos, além de Edson Celulari, o também ator Reynaldo Gianecchini, a presidente Dilma Rousseff e a autora de telenovelas Glória Perez tiveram o diagnóstico da doença, mas alcançaram a cura.
Um dos aspectos mais preocupantes desse câncer, que atinge o sistema de defesas do organismo reside no fato dele comprometer a circulação dos glóbulos brancos, responsáveis pelo combate de doenças causadas por vírus e bactérias, se tornando uma doença que afeta todo o corpo. Vale lembrar que o sistema linfático é formado por gânglios ou linfonodos, que produzem as células de defesa do organismo (linfócitos). No linfoma, esses linfonodos se reproduzem de modo desordenado.
Para Carlos Chiattone, médico hematologista e diretor da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), o linfoma não está certamente entre os cânceres mais frequentes como câncer de próstata de homens, câncer de mama de mulheres, mas teve um aumento significativo nas últimas décadas, o dobro de incidência.
“No sistema público de saúde há um retardo muito grande entre o início dos sintomas e o começo do tratamento, ou seja, os pacientes nos estabelecimentos públicos ao se fazer o diagnóstico, a doença já está muito mais avançada do que no perfil do paciente dos estabelecimentos privados, e isto determina um pior prognóstico para esse paciente”, explica o médico.