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Mensagens positivas vão melhor que hostilidade nas redes sociais

Estudo mostrou que enfatizar mensagens positivas, do partido ou do candidato, é mais eficaz para a comunicação política nas mídias sociais

Mensagens positivas vão melhor que hostilidade nas redes sociais

Após uma onda de ódio tomar conta das redes sociais no aspecto político, levando à tão discutida polarização política, a quase totalidade da chamada “onda da direita” está sendo derrotada nas urnas, com os políticos mais radicais sendo substituídos novamente por personagens mais equilibrados.

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Mensagens positivas vão melhor que hostilidade nas redes sociais

E um novo estudo científico mostra que “não pagar na mesma moeda”, não respondendo aos discursos de ódio com mais ódio, é a estratégia certa para que o mundo volte ao equilíbrio.

O estudo mostrou que enfatizar mensagens positivas, do partido ou do candidato, é mais eficaz para a comunicação política nas mídias sociais do que promover a hostilidade ao outro partido ou candidato.

“Nós descobrimos que conteúdo de ódio não se espalha tanto quanto o conteúdo positivo,” disse Samuel Martin-Gutierrez, do Centro de Ciências da Complexidade (Áustria). “Nossos resultados são consistentes com descobertas recentes que mostram que o conteúdo de ódio e a polarização negativa não são tão compartilhados e amplificados quanto pensávamos que seriam.”

Fique do lado da luz
A equipe analisou a atividade de seguidores da rede social X durante quatro campanhas eleitorais consecutivas na Espanha, de 2015 a 2019. Eles se concentraram na natureza evolutiva das interações partidárias, particularmente em resposta à ascensão do partido de direita radical espanhol, o Vox.

Os resultados apontaram para uma tendência notável: Usuários afiliados a partidos políticos tradicionais eram mais propensos a retuitar conteúdo que reforçava sua filiação partidária, criando assim bolhas epistêmicas de alta eficiência. Essas bolhas eram caracterizadas pelo compartilhamento consistente de mensagens positivas dentro do partido, o que gerava maiores taxas de retuítes e sugeria forte coesão interna.

Em contraste, os esforços para espalhar hostilidade partidária externa – conteúdo direcionado a partidos opostos – resultaram em níveis de engajamento mais baixos, mesmo entre os apoiadores de partidos políticos mais radicais. Os pesquisadores argumentam que, embora a presença de hostilidade partidária externa contribua para a formação de câmaras de eco excludentes, estas são marcadas por baixa eficiência de comunicação, como evidenciado por menos retuítes.

“Nosso estudo sugere que enfatizar mensagens positivas dentro do partido funciona melhor nas mídias sociais para comunicação política,” disse Martin-Gutierrez. “Esta abordagem não apenas promove uma comunidade online mais coesa e solidária, mas também neutraliza o efeito negativo da hostilidade do partido externo, que tende a afastar usuários moderados e diminuir o engajamento geral.”

Estas descobertas têm implicações significativas para estratégias de comunicação política, sugerindo que partidos e candidatos podem se beneficiar mais ao se concentrar em mensagens positivas e afirmativas, em vez de se envolver em retórica hostil.

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