Marcelo Lopes, de 6 anos, é um menino gênio brasileiro que começou a falar aos 6 meses e aos 2 já frequentava a escola. Sempre na frente dos coleguinhas, o ele se destaca em conhecimento e estudo. Determinado a ser astronauta “para descobrir planetas”, Marcelo acaba de ingressar no seleto grupo da sociedade internacional Interfel para superdotados.
O baiano, de Camaçari, na região metropolitana de Salvador, está no 4º ano e frequenta uma sala de aula com coleguinhas três anos mais velhos.
Marcelinho foi identificado com um QI de 138 na Escala Wechsler de Inteligência, considerado superior ao da maioria das pessoas (entre 90 – 109).
Interfel
De acordo com especialistas, crianças superdotadas devem ser acompanhadas com atenção porque se desenvolvem rapidamente e reagem ao mundo de maneira diferente das demais.
A sociedade internacional foi fundada em 1966. É uma das entidades exclusivas para pessoas com QI maior que 135 na Escala Wechsler de Inteligência. Para ingressar, é necessário comprovar o quociente de inteligência por meio de testes e laudos de neuropsicólogos.
De acordo com a instituição, os membros são minoria da população, correspondendo a 1% dos mais de sete bilhões de pessoas no mundo. A Bahia só tem o registro de duas pessoas na Intertel, e uma delas é Marcelinho.
Superdotados
A Organização Mundial de Saúde (OMS) informa que aproximadamente 5% da população mundial tem altas habilidades ou, no popular, são superdotadas. No Brasil, a proporção corresponde a cerca de 2,3 milhões crianças.
Pelo Censo Escolar de 2020, pouco mais de 24 mil estudantes, cerca de 1% do total, são identificados como pessoas com altas habilidades ou com superdotação.
O número leva em consideração apenas as pessoas com altas habilidades acadêmicas, não inclui outras habilidades como a artística, esportiva ou de liderança.