Quatro homens morreram em confronto com a polícia militar em Santo Amaro, no Recôncavo Baiano, na noite de sexta-feira (29).
Segundo a Polícia Militar (PM), policiais foram ao bairro de Acupe após receberem denúncias de “homens ostentando armas e comercializando drogas”.
Mais quatro morrem em confronto com a polícia na Bahia
“Ao chegarem ao local indicado, os militares surpreenderam um grupo de indivíduos que, diante da presença policial, efetuaram disparos contra os PMs. Houve revide e, após a troca de tiros, quatro suspeitos foram encontrados feridos, sendo imediatamente socorridos para o Hospital Nossa Senhora Natividade, onde não resistiram aos ferimentos”, afirmou a polícia.
“Com eles, foram apreendidos uma espingarda calibre .12, três pistolas de calibres diversos, sendo duas com numeração raspada, munições de calibre .12, 9 mm e 380, carregadores para armas de fogo, 262 pinos de cocaína, 196 porções de maconha, 38 pedras de crack, sete aparelhos celulares, duas máquinas de cartão bancário, um caderno de anotações, uma blusa camuflada, embalagens para o acondicionamento e comercialização de drogas e R$ 4.063,20 em espécie”, acrescentou.
A CNN tenta contato com a Secretaria da Segurança Pública da Bahia.
Em meio à onda de violência na Bahia e a crise na segurança pública no Rio de Janeiro, o Ministério da Justiça prevê lançar na segunda-feira (2) o Programa Nacional de Enfrentamento das Organizações Criminosas.
De acordo com integrantes do governo, o projeto é para todo o território nacional e terá ações de combate à criminalidade em portos e aeroportos. As diretrizes do programa serão detalhadas em uma coletiva de imprensa do Ministério da Justiça.
Participam do programa a Secretaria Nacional de Segurança Pública, Secretaria Nacional de Justiça e Secretaria Nacional de Política sobre Drogas, além de Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.
Em entrevista à CNN na quinta-feira (28), o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, disse que “não se enfrenta o crime organizado com rosas”. Ele, porém, defendeu que a letalidade policial deve ser investigada e combatida.
“Não vejo uma desestruturação da Segurança Pública na Bahia. É grave? É. Tem confronto. Tem? Agora, a polícia da Bahia é uma polícia boa. Tem a questão da letalidade? Tem. Mas você não enfrenta crime organizado com fuzil com rosas. Porém, a letalidade deve ser investigada e combatida”, disse Cappelli.
Nesta sexta-feira (29), Capelli se reuniu com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), para também discutir a crise da segurança pública no Estado.
Castro confirmou que pediu a transferência de traficantes para presídios de segurança máxima. O governador também pediu a presença da Força Nacional no Rio. As medidas pretendem asfixiar o crime no Complexo da Maré, na zona norte do Rio.
A iniciativa surgiu após a divulgação de uma investigação da Polícia Civil que mostrou, nesta semana, que o Complexo da Maré se transformou em um centro de treinamento de novos criminosos.
Apesar do lançamento ocorrer no momento em que Bahia e Rio vivem crise na segurança pública, integrantes do Ministério da Justiça dizem que o Programa de Enfrentamento ao Crime Organizado está sendo preparado há quatro meses.