A cada hora, no Brasil, mais de 14 pessoas são picadas por algum tipo de escorpião. São mais de 120 mil casos por ano. Um problema que cresce a olhos vistos. Em 2007, quando os acidentes com escorpiões ultrapassaram pela primeira vez os acidentes com cobras, o número de casos era mais de três vezes menor, 37 mil.
Para o professor Rui Seabra Ferreira Júnior, toxinologista da Faculdade de Medicina da Unesp e pesquisador do Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos, uma espécie em especial chama atenção, a do escorpião amarelo.
Abrigo e alimentação, nesse caso, rimam com sujeira.
Na maioria dos casos, a situação não se complica. Mas o envenenamento pode levar à morte. Só no ano passado foram 143 óbitos. Crianças e idosos são os mais vulneráveis ao veneno.
O soro antiescorpiônico é produzido por três laboratórios públicos em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Mas não está disponível em todas as unidades de Saúde, apenas em hospitais de referência.
Em caso de acidente, a recomendação do Ministério da Saúde é procurar imediatamente um serviço de saúde.
Quanto ao escorpião, Rui Seabra lembra inseticidas servem para barata, não para escorpiões.
No ano passado, o estado que registrou o maior número de acidentes em todo o pais foi Minas Gerais com quase 28 mil casos.
São Paulo, com 21 mil casos, ficou em segundo lugar. Mas, a incidência é maior em Alagoas. No ano passado foram 267 mil casos para cada 100 mil habitantes.
Pernambuco ficou em segundo lugar com 154 casos para casa 100 mil habitantes.