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Luz do sol é uma grande fraqueza da Covid-19, apontam estudos

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Já há algum tempo, os cientistas sabem que o novo coronavírus não resiste muito bem ao sol. É sempre válido ressaltar que não se trata de uma relação direta com o calor, mas sim com os raios de sol. O vírus não suporta por muito tempo quando esta em uma superfície exposta ao sol.

Essa já era uma informação de conhecimento bastante amplo, mas novos estudos estão sugerindo que a resistência do novo coronavírus ao sol pode ser ainda menor do que se imaginava antes. A radiação ultravioleta pode ser, em termos práticos, o verdadeiro calcanhar de aquiles da covid-19.

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Ainda em julho do ano passado, estudos tentaram descobrir quanto tempo o vírus sobrevivia em exposição ao sol. Naquela época, um estudo muito interessante estimou que cerca de 6 a 8 minutos, de ininterrupta exposição, inativava até cerca de 90% do vírus. A descoberta era impressionante.

Agora, um novo estudo publicado na Journal of Infectious Diseases, desenvolvido em conjunto por pesquisadores da UC Santa Barbara, da Oregon State University, da University of Manchester e da ETH Zurich, tem chamado a atenção ao apontar algumas novas informações sobre a interação entre o novo coronavírus e o sol.

Eles explicam que os experimentos de laboratório mostram a inativação da luz solar que é várias vezes mais rápida do que o previsto pela teoria. Na verdade, os vírus foram inativados mais de oito vezes mais rápido nos experimentos do que seria previsto pela teoria.

Para explicar essa lacuna, eles argumentam que precisamos olhar além do ultravioleta B (UVB), a luz ultravioleta de maior energia associada à queimadura na pele, e começar a prestar mais atenção ao ultravioleta A (UVA), o componente de menor energia da luz solar associado à pele envelhecimento.

“A teoria assume que a inativação funciona fazendo com que o UV-B atinja o RNA do vírus, danificando-o”, disse Paolo Luzzatto-Fegiz, principal autor do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, em um comunicado. “As pessoas pensam que o UV-A não tem muito efeito, mas pode estar interagindo com algumas das moléculas do meio”, acrescentou Luzzatto-Fegiz.

Os avanços da ciência acerca dessa descoberta são muito interessantes e despertam uma grande animação a longo prazo, mas ainda são apenas um esboço na prática. O que mais interessa nesse estudo é a possibilidade de se criar esse componente da luz ultravioleta artificialmente. Para hospitais, por exemplo, poderia ser um caminho seguro de esterilização.

Trata-se de luz em LED que, em termos práticos, possuem um baixo custo de mercado e manutenção. Se as luzes forem capazes de eliminar o novo coronavírus, isso significa que as superfícies e até mesmo o ar poderia ser mais seguro dentro de ambientes hospitalares, ortodonticos e até mesmo em ambientes comerciais.

Se o UVA realmente for a peça que faltava no quebra-cabeça, ele poderia ser facilmente implementado em sistemas de filtragem de ar e métodos de desinfecção para retardar a disseminação de COVID-19 em espaços de alto risco.

A técnica, somada a vacina e avanço da medicina em remédios contra o vírus, pode auxiliar a tornar a covid-19 apenas uma parte da história.

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