O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi apresentado a “xângo” e “zé pilintra” durante sua viagem pelo Nordeste, onde participou de um evento no Ceará juntamente com movimentos sociais e culturais em Fortaleza.
Acompanhado do governador Camilo Santana, o petista foi abordado por uma mulher adepta da Umbanda, que o chamou de “homem de xangô”, afirmando que ele teria sofrido injustiças quando estava preso pelos crimes cometidos.
“Ninguém vence a força de xangô. Você, como um homem de xangô, enfrentou o que muita gente não enfrentaria: a justiça batida na porta, a dor sofrida e as noites na prisão”, declarou a mulher.
Após entoar um cântico ligado a religião de matriz africana, a umbandista entregou a Lula uma imagem de zé pilintra (uma das principais entidades cultuadas pelos umbandistas).
“Em nome do meu povo da umbanda do Ceará eu lhe entrego Zé Pilintra das Almas, um grande mestre e curador”, disse ao entregar o presente.
Luta espiritual
Para o pastor Danilo Figueira, que é escritor e pastor sênior da Comunidade Cristã de Ribeirão Preto (SP), as imagens reforçam a luta espiritual que os brasileiros enfrentam pelo governo do país, afirmando que “vai muito além de política, ideologia e interesses financeiros”.
O pastor também afirmou que “enquanto isso, tantos crentes e profetas dormem ’em cima do muro’”, destacando que as manifestações são legítimas e que “tanto a fé das mães de santo, quanto a submissão de Lula” as entidades são “liberdades que precisam ser preservadas”.
“Da mesma maneira, a nossa liberdade como cristãos, de dizer “não” à esta regência espiritual sobre a nação, precisa ser garantida. Mas… De que vale a liberdade, se a omissão e a covardia forem maiores? Acorda, igreja“, comentou no Twitter.