Mudança na cor aparente do nosso satélite natural é resultado das interações entre a luz do Sol e a atmosfera da Terra
Um eclipse lunar total vai ocorrer na madrugada de sexta (14). O fenômeno vai ser visível no Brasil e em outros países, proporcionando uma bela visão da chamada “Lua de Sangue”, e vai ser transmitido pelo Observatório Nacional em uma live no YouTube.
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Lua de Sangue: veja o eclipse lunar em live do Observatório Nacional na sexta
A fase penumbral do eclipse, que é a primeira etapa do fenômeno, começa às 0h57 no horário de Brasília. Já a live do Observatório Nacional vai ser iniciada às 0h30, e pode ser acessada no canal da instituição no YouTube.
Eclipses lunares ocorrem quando a Lua mergulha na sombra projetada pela Terra. Tal sombra é composta pela umbra (parte mais escura) e pela penumbra (sombra mais clara, que ainda recebe alguma luz solar).
A Dra. Josina Nascimento, astrônoma e gestora da Divisão de Comunicação e Popularização da Ciência (DICOP) do Observatório Nacional (ON/MCTI), explica que a fase total do eclipse ocorre quando a Lua fica completamente na umbra. Esta etapa começa às 3h26 no horário de Brasília, e continua até 4h31.
“Após o eclipse total há novo eclipse parcial e novo eclipse penumbral, pois a Lua estará saindo da sombra da Terra”, explicou ela. Vale a pena ficar de olho na fase total, já que é nela que a Lua fica avermelhada. Esta mudança na cor aparente do nosso satélite natural é resultado das interações entre a luz do Sol e a atmosfera da Terra.
Segundo Nascimento, o que acontece é que a luz solar branca passa pela atmosfera, que dispersa suas cores azul e violeta. “Já as tonalidades mais próximas do vermelho conseguem atravessar com mais facilidade, conferindo à Lua essa coloração característica”, finalizou.
Observatório Nacional
Localizado no Rio de Janeiro, o Observatório Nacional (ON) foi fundado em 1827 e é uma das instituições científicas mais antigas do Brasil. Com mais de 190 anos de história, a instituição foi criada para permitir o uso de instrumentos astronômicos e geodésicos, além de contribuir para estudos geográficos e avanços na navegação.
Hoje, o ON é referência em pesquisa, desenvolvimento e inovação em astronomia, geofísica e metrologia do tempo e frequência. Ainda, o Observatório investe na formação de pesquisadores, capacitação profissional e colaborações estratégicas.