A comissão de juízes do processo de falência da Laginha Agro Industrial assinou alvarás que liberam R$ 61 milhões para credores da empresa, nesta quarta-feira (21). Com a remessa, são encerrados os pagamentos aos credores trabalhistas, que totalizam mais de 17 mil funcionários.
Também foram concluídos os pagamentos a instituições financeiras que possuíam créditos com garantia real a receber. Agora, o processo seguirá para a etapa de estabilização e quitação dos créditos devidos a entes públicos, que incluem o Estado de Alagoas, o Estado de Minas Gerais e a União.
“Hoje é uma data importante, em que os juízes estão assinando uma sétima remessa de pagamentos. Agora, a gente precisa discutir o crédito tributário”, destacou o administrador judicial da massa falida, Igor Telino.
Arrendamento da Usina Guaxuma
Além da liberação dos valores, os magistrados realizaram, na mesma oportunidade, uma audiência pública para recebimento de propostas visando a exploração econômica da Usina Guaxuma, na modalidade parceria agrícola, que funciona como uma espécie de arrendamento.
O Ministério Público, o comitê de credores e o espólio da massa falida vão se manifestar sobre as propostas, como explica o administrador judicial.
“As propostas serão levadas aos autos e discutidas com todos os atores. Aquela que for melhor para o processo da falência, para os credores, deve ser colocada à frente. Esse arrendamento vai gerar recursos para pagamento dos débitos”
Participaram da condução da audiência a juíza Emanuela Porangaba e o juiz Luciano Andrade. A comissão conta também com o magistrado Gilvan de Santana Oliveira.