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Jornalista americano morre durante jogo da Copa

Reprodução

Um renomado jornalista esportivo americano morreu na sexta-feira, após passar mal na tribuna de imprensa enquanto cobria a partida das quartas-de-final da Copa do Mundo do Catar entre Argentina e Holanda, confirmaram os organizadores do evento neste sábado (10).

Grant Wahl, de 48 anos, “sentiu-se mal na tribuna de imprensa do estádio Lusail”, informou um porta-voz do Comitê Supremo de Organização. “Ali, recebeu imediatamente tratamento médico de urgência, que continuou durante seu traslado de ambulância para o hospital-geral Hamad”, em Doha.

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O presidente da FIFA, Giani Infantino, enviou as “sinceras condolências” da instituição e da “comunidade do futebol” à sua esposa, família e amigos em nota divulgada neste sábado.

Autor de um livro sobre David Beckham, Wahl cobriu oito Copas do Mundo masculinas consecutivas, tendo trabalhado para a célebre revista Sports Illustrated de 1996 a 2020, antes de ir para a emissora CBS Sports em 2021, veículo para o qual cobria o jogo de sexta-feira.

Segundo a rádio americana NPR, Wahl caiu na tribuna de imprensa, quando o jogo se aproximava do fim. Os serviços médicos tentaram fazer reanimação cardiopulmonar antes de levá-lo em uma maca.

De acordo com o Wall Street Journal, Wahl aparentemente sofreu um ataque cardíaco.

Há alguns dias, ele tinha informado os assinantes de sua newsletter que havia ido a uma clínica do centro de mídia: “Disseram que provavelmente estava com uma bronquite”, acrescentou.

“Pouco sono, muito estresse”

“Três semanas com pouco sono, muito estresse e trabalho podem ter esse efeito sobre vocês (…) Pude sentir um novo nível de pressão e incômodo na parte alta do meu peito”, descreveu.

“Estou em choque total”, tuitou a viúva, Celine Gounder, renomada epidemiologista que apareceu em várias ocasiões na televisão durante a pandemia de covid-19.

O porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Prince, tuitou pouco depois: “Estamos profundamente tristes em saber do falecimento de Grant Wahl”.

“Grant fez do futebol o trabalho de sua vida e estamos devastados porque nem ele, nem sua escrita brilhante estarão mais conosco”, reagiu, em nota, a Federação de Futebol americano.

Antes do jogo entre Estados Unidos e País de Gales, em 21 de novembro, Grant foi retido pelo pessoal de segurança do estádio Ahmad Bin Ali por vestir uma camiseta com o símbolo do arco-íris, explicou ele próprio no Twitter. Os relacionamentos homoafetivos são considerados crimes no pequeno emirado do Golfo.

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