Para sempre amado, será Jorge. Um homem que nos deixou um grande legado na literatura brasileira. Baiano, da cidade de Itabuna, nasceu em 1912. Jorge Amado tem um grande marco no Brasil, com romances e adaptações para novelas, teatros e temas de escolas de samba.
Em algum momento você já deve ter assistido a alguma novela que foi inspirada nas obras do autor, como por exemplo: a novela Porto dos Milagres, inspirada por duas obras de Jorge Amado: o romance Mar Morto e a novela literária A Descoberta da América pelos Turcos. Outra novela de sucesso foi “Gabriela Cravo e Canela” e a novela “Tieta”. Grandes telenovelas que marcaram épocas. Outros sucessos de adaptação de suas obras foram os filmes: “Dona Flor e seus dois Maridos”; “Capitães de Areia” e “Tenda dos Milagres”.
As obras de Jorge Amado podem ser conhecidas através do site da Fundação Casa Jorge Amado. Seus trabalhos foram traduzidos por mais de 49 idiomas. Há obras também em braile e audiolivro. O autor fez parte da Academia Brasileira de Letras, e “também fez parte da Academia de Ciências e Letras da República Democrática da Alemanha; da Academia das Ciências de Lisboa; da Academia Paulista de Letras; e membro especial da Academia de Letras da Bahia” (EBIOGRAFIA).
A obra de Jorge Amado mereceu diversos prêmios nacionais e internacionais, entre os quais destacam-se: Stalin da Paz (União Soviética, 1951), Latinidade (França, 1971), Nonino (Itália, 1982), Dimitrov (Bulgária, 1989), Pablo Neruda (Rússia, 1989), Etruria de Literatura (Itália, 1989), Cino Del Duca (França, 1990), Mediterrâneo (Itália, 1990), Vitaliano Brancatti (Itália, 1995), Luis de Camões (Brasil, Portugal, 1995), Jabuti (Brasil, 1959, 1995) e Ministério da Cultura (Brasil, 1997). Recebeu títulos de Comendador e de Grande Oficial, nas ordens da Venezuela, França, Espanha, Portugal, Chile e Argentina; além de ter sido feito Doutor Honoris Causa em 10 universidades, no Brasil, na Itália, na França, em Portugal e em Israel. O título de Doutor pela Sorbonne, na França, foi o último que recebeu pessoalmente, em 1998, em sua última viagem a Paris, quando já estava doente.
Teve sua formação em Direito pela Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro. Foi militante comunista, foi exilado na Argentina e no Uruguai. Foi deputado federal do Estado de São Paulo, um dos mais votados na época (1945). Segundo o site Fundação Casa de Jorge Amado “ele foi o autor da lei, ainda hoje em vigor, que assegura o direito à liberdade de culto religioso”.
Infelizmente Jorge Amado nos deixou em 6 de agosto de 2001. Mas, como herança dele, temos um grande legado literário. Para quem gosta de viajar e pesquisar sobre autores(as) como eu, vale muito a pena conhecer a Fundação Casa de Jorge Amado que fica no Largo do Pelourinho em Salvador na Bahia. Pode também ter acesso via internet.
A Fundação foi inaugurada em 1987, no dia 07 de março. Na casa encontram-se “um conjunto de mais de 250.000 documentos entre fotografias, recortes de jornais, artigos científicos, primeiras edições e datiloscritos dos seus livros, além de prêmios, medalhas, etc. – farto material à disposição de pesquisadores e estudiosos”. (Fundação Casa Jorge Amado).
Leiam autores (as) do Nordeste, não deixem de apreciar a literatura da sua própria região. Vale à pena conhecer nossa realidade, nosso povo, nossa cultura. Ler obras de nossos autores(as) é uma forma de resistir as discriminações as quais o povo nordestino sente na pele. Resista, valorize sua cultura.