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Jejum intermitente é associado a maior risco de problemas cardíacos

Seus efeitos a longo prazo ainda não foram pesquisados a contento

(Imagem: Diário da Saúde)

Restringir a janela de alimentação – os horários entre os quais fazemos nossas refeições – a apenas 8 horas por dia, um tipo popular de jejum intermitente, está associado a um risco maior de morte por doença cardíaca.

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Jejum intermitente é associado a maior risco de problemas cardíacos

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O jejum, ou alimentação com restrição de tempo, já foi associado à melhora da pressão arterial, dos níveis de glicose no sangue e de colesterol, e até proteger o cérebro contra doenças degenerativas, mas seus efeitos a longo prazo ainda não foram pesquisados a contento.

Para saber mais sobre isto, Wenze Zhong e colegas da Universidade Jiao Tong, na China, estudaram cerca de 20.000 adultos, com participação semelhante de homens e mulheres, que participaram no Inquérito Nacional de Exame de Saúde e Nutrição dos EUA. A idade média era de 49 anos e pouco menos de três quartos deles eram brancos não-hispânicos.

Durante um período médio de acompanhamento de oito anos, a equipe descobriu que aqueles que comiam durante uma janela diária de 8 horas não viviam mais do que aqueles com um horário alimentar mais tradicional de 12 a 16 horas, apesar de o jejum intermitente ser frequentemente elogiado pelos seus benefícios de longevidade.

Mais preocupante ainda, contudo, é que aqueles que seguiram um horário alimentar de 8 horas tiveram 91% maior probabilidade de morrer de doença cardíaca durante o período de acompanhamento do que aqueles que comeram durante 12 a 16 horas.

Curiosamente, esse resultado é pior do que o verificado entre os voluntários com diagnóstico de problemas cardíacos antes do estudo: Entre eles, comer durante um período de 8 a 10 horas foi associado a um risco 66% maior de morte por doença cardíaca em comparação com aqueles que comiam durante 12 a 16 horas.

Entre aqueles com diagnóstico de câncer, comer durante uma janela de mais de 16 horas foi associado a um menor risco de morte pela doença do que um horário alimentar mais restrito.

Críticas
Os resultados desta pesquisa foram divulgados em uma conferência, o que significa que ainda não foram publicados e nem examinados por outros cientistas. Assim, alguns pesquisadores pedem cautela na interpretação de seus resultados.

“Este relatório é uma apresentação de conferência e carece dos detalhes de um artigo completo para se poder avaliar a qualidade da pesquisa. Ele parece mostrar o risco de morte em um intervalo de 1 a 13 anos, mediana de 8 anos, observando a forma como as pessoas comiam em dois dias, o que esteva associado ao risco de doenças cardiovasculares e morte.

“Embora tenha sido utilizado um modelo para avaliar o risco, não está claro se esse modelo incluía o padrão de dieta saudável ou mesmo o que as pessoas comiam. Como a informação é limitada, não fica claro na informação disponível se o tabagismo, a atividade física e o álcool foram considerados como variáveis,” disse o professor Duane Mellor, da Universidade Aston (EUA).

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