Padecem de incoerência, a meu ver:
1) Quem só se pronuncia quando e contra a condenação do ex-presidente Lula e não contra o cerne da sua fundamentação, deixando de lado os casos passados e futuros tão semelhantes que se dão na operação Lava Jato – e para além dela;
2) Aquelas(es) que cobram provas diretas contra Lula, mas atribui todos os crimes do Código Penal ao Moro e ao TRF-4 por mera conveniência politiqueira.
É possível não ser simpático à condenação pela inadmissibilidade de provas indiretas, mas não porque o condenado é o Lula. É mais seguro cobrar um processo penal que vá além das “convicções de papel” assumindo o ônus de não tomá-las como alicerce para tudo na vida.
Mentiras ou achismos graves com meramente efeitos eleitorais contra o Poder Judiciário também podem, como disse, mais cedo, Gilberto Dimenstein, machucar a democracia. Ela não depende somente do Lula.