Imigrantes da Nigéria viajaram agachados por 11 dias no leme do navio petroleiro e químico Alithini II que tinha como destino as Ilhas Canárias, na Espanha. Os três passageiros clandestinos foram resgatados na segunda-feira, 28, pela guarda costeira espanhola.
O consultor de migração das Ilhas Canárias, Txema Santana, disse que cabe ao operador do navio cuidar dos passageiros clandestinos, a menos que eles solicitem proteção internacional ou tenham alguma exceção de saúde.
O navio de 183 metros, navegando sob bandeira maltesa, chegou a Las Palmas, na Gran Canária, depois de partir de Lagos, na Nigéria, em 17 de novembro e navegar pela costa oeste africana, de acordo com a Marine Traffic.
Os passageiros clandestinos foram tratados por desidratação moderada e hipotermia, informou os serviços de emergência das Ilhas Canárias e a Cruz Vermelha. Um dos migrantes estava em estado mais grave e teve que ser levado para outro hospital da ilha.
Após receberem cuidados, dois dos três imigrantes foram devolvidos ao navio nesta terça para serem deportados, pois, segundo alei espanhola, passageiro clandestino que não solicitar asilo deve ser devolvido aos porto de origem.
As Ilhas Canárias, de propriedade espanhola, são uma porta de entrada popular para migrantes africanos que tentam chegar à Europa.
O número de migrantes que chegaram ilegalmente ao arquipélago por via marítima caiu 17,6% para 14.875 nos primeiros dez meses de 2022 face ao ano anterior, segundo o Ministério do Interior. O navio Alithini II, de propriedade da Gardenia Shiptrade SA, é administrada pela Astra Ship Management, com sede em Atenas, de acordo com o banco de dados público de remessas Equasis. Astra Ship Management não respondeu imediatamente às ligações em busca de comentários.