Graças a uma cirurgia inédita, um idoso que viveu 40 anos cego voltou a enxergar. O senhor, de 83 anos convivia com a cegueira total em ambos os olhos. Agora toda sua superfície ocular foi reimplantada em uma operação que durou quatro horas e o que parecia impossível aconteceu.
A cirurgia foi realizada no hospital Molinete, em Turim, na Itália. A família agradeceu muito aos médicos. O paciente se recupera bem em casa.
“Quando acordei e comecei a ver o contorno dos meus dedos e da minha mão, foi como nascer de novo”, disse o paciente. Voltar a enxergar era um sonho distante do idoso que a ciência foi capaz de realizar!
A cirurgia
O procedimento inovador consiste na reconstrução de um terço do olho esquerdo do paciente, o primeiro que perdeu a funcionalidade devido a um problema na retina.
Graças a esse olho, os médicos conseguiram reconstruir o olho esquerdo, que também havia perdido progressivamente a capacidade de enxergar após uma patologia.
O responsável pelo procedimento foi o professor e diretor da Clínica de Oftalmologia do Molinete, Michele Reibaldi, e pelo professor e presidente da Sociedade Italiana de Córnea, Vincenzo Sarnicola.
“A operação consiste em ter alargado o transplante de córneas para a inteira superfície ocular, aos tecidos conjuntivos-esclerais, que têm um papel fundamental em permitir o sucesso do transplante em condições particulares”, disseram os médicos em nota oficial.
Voltou a enxergar
A cirurgia foi um sucesso e o paciente já voltou a enxergar com o olho direito, reconhecendo pessoas e objetos, além de conseguir se movimentar sozinho!
A filha do senhor comemorou o sucesso do procedimento e agradeceu aos médicos. “A paixão e o profissionalismo que eles deram para meu pai foi incrível. No futuro este procedimento se tornará normal e não apenas um episódio emocionante e único”, comemorou.
Os médicos destacaram ainda que o procedimento tende a ser mais seguro que outras cirurgias.
“Esperamos um sucesso duradouro porque o olho direito foi reconstruído com os olhos do próprio paciente, de modo que diminuímos o risco de rejeição que outros pacientes transplantados podem experimentar”, disseram os médicos em nota oficial.