Uma idosa de 100 anos, simpática e cheia de vida se recusa a parar de trabalhar e nem fala em se aposentar. A caminho dos 101 anos, ela é funcionária de uma loja de tecido há 26 anos.
Jayne Burns, uma norte-americana que mora em Ohio, nos Estados Unidos, repete a quem pergunta qual é o maior desejo dela: “Continuar trabalhando”. E, ainda completa: “Seguir em movimento”.
Para Jayne, o segredo da longevidade está justamente aí: na atividade regular. Ela diz manter a mente e o corpo ocupados não dá espaço para o negativo: “Manter-se ocupado impede que você se concentre em suas dores e sofrimentos”, disse. “Fica mais fácil de seguir em frente”, ensinou.
Rotina da longevidade
Responsável pelos cortes dos tecidos na empresa, ela só tem um pedido: quer uma pequena festa de aniversário no próximo dia 26. Olha que animada!
Nos últimos 26 anos, Burns seguiu a mesma rotina matinal quase todos os dias: ela acorda às 5 da manhã, toma uma xícara de café acompanhada de um donut.
Depois dirige por 20 minutos até a loja, para estar lá para sua abertura às 9 da manhã. Ela normalmente trabalha das 9h às 13h, três a quatro dias por semana.
Toda semana no salão de beleza
Jamais trabalha às quintas-feiras: neste dia tem encontro marcado com o salão de beleza e o shopping. Também aproveita para passar o tempo com a família: sete bisnetos, três netos e três filhos.
Vaidosa, a idosa está sempre impecável: o cabelo cuidadosamente arrumado e sem um fio fora do lugar. A maquiagem também – é leve e ressalta os olhos claros.
O trabalho
Jayne começou a trabalhar na loja de artesanato em 1997, alguns meses depois que o marido, Dick, morreu. Ela ouviu falar sobre o trabalho pela filha, Donna Burns, que trabalhava meio período na loja e achou que o trabalho poderia ser uma distração bem-vinda da dor.
Donna estava certa: Burns, que costurou a maior parte de sua vida, gostou de aprender sobre novos tecidos e recomendar padrões diferentes para os clientes.
“Gosto de conversar com todos com quem trabalho e de conhecer os clientes que são muito legais”, disse ela. “Mesmo que alguns fiquem surpresos ao me ver na mesa de corte.”
O centenário
No ano passado, as colegas de trabalho fizeram uma senhora festa para Jayne, bem maior do que ela imaginava. A idosa agradeceu e disse que ama o trabalho e as colegas.
“Gosto do que faço, por isso quero continuar a fazê-lo”, diz ela. “Vou trabalhar enquanto puder ou enquanto eles me aceitarem.” Jayne tentou se aposentar várias vezes ao longo de seus 70 e 80 anos, mas desistiu.
Antes da fábrica há duas décadas e meia, ela foi contadora. Mas prefere o emprego em que está há 26 anos. “Gosto da rotina, gosto de me manter em movimento”, diz ela.