Casos mais graves, como os traumatismos crânio-encefálicos, são de competência imediata do HGE
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) rebateu as falsas informações de que o Hospital Geral do Estado (HGE) vai voltar a operar no sistema de portas abertas para todas as patologias, sem o intermédio da Central Estadual de Regulação de Leitos.
HGE é exclusivo para atendimentos em casos graves de urgência e emergência
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De acordo com o diretor-geral da unidade, Fernando Fortes Melro, depois da construção dos seis hospitais, a assistência na rede estadual de saúde foi totalmente reestruturada, cabendo ao HGE o acolhimento direto dos casos mais graves em urgência e emergência. As demais ocorrências devem ser levadas aos ambulatórios, às unidades municipais e às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
“O Estado organizou a sua rede de saúde. Antes, o HGE vivia com o fluxo acima do que comportava, porque não existiam outras unidades para absorver a demanda. Hoje é completamente diferente. Ferimentos pequenos, viroses, diarreias e dores de cabeça podem ser avaliados nos ambulatórios e nas UPAs. Já os casos de acidentes de trânsito, agressões por armas de fogo ou branca e demais eventos de média e alta complexidade devem ser levados ao HGE”, explicou Melro.
Ainda segundo o gestor, com os pacientes de urgência de menor gravidade recebendo o primeiro atendimento nas UPAs, menos pessoas têm chegado à Área Azul, que historicamente é conhecida pelo grande fluxo diário de pacientes. Essa condição permitiu avanços na estrutura e na melhoria da qualidade dos serviços ofertados.
Marcelo Casado, diretor administrativo do HGE, explicou que o paciente deve estar atento à gravidade do seu caso. “Em geral, os hospitais não recebem os pacientes sem a devida regulação. Isso quer dizer que é preciso, primeiro, que o cidadão procure uma UPA, para, a partir daí, ser direcionado a uma unidade de referência que possa lhe prestar a devida assistência. Já temos evidências de que a resolutividade é bem maior e precisa”, declarou Casado.
No HGE, os casos de alteração súbita de consciência, obstrução das vias aéreas, convulsões, dor intensa, grande e médio queimado continuam sendo acolhidos pela equipe multidisciplinar. O fluxo inicial é o atendimento pela classificação de risco, antes de o paciente fazer o registro.
“A intenção é identificar se o caso não pode ser resolvido em uma UPA ou qualquer outra unidade de saúde. Nossa equipe orienta cada caso e explica sobre a assistência, caso o cidadão não apresente o perfil do HGE. Essa mudança foi necessária para regionalizar e hierarquizar o atendimento”, explicou o diretor administrativo.
O coordenador médico Ricardo Calado acrescentou que, desde dezembro de 2021, o HGE, antes porta de entrada para várias patologias, passou a atender de forma regulada os casos de urgência de média e alta complexidade.
“A Pediatria continua sendo porta aberta para menores de 0 a 13 anos, entretanto, recomendamos aos pais que, se possível, busque o primeiro atendimento na unidade de saúde mais próxima de sua casa, para deixar a nossa equipe mais dedicada aos casos mais graves”, pontuou o coordenador.