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Haddad não gostou de ordem de Lula para voltar com isenção

Reprodução Veja

Fernando Haddad (PT) não gostou da intromissão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso da taxação de produtos exportados. O presidente deu a ordem para manter a isenção a pessoas físicas em compras até US$ 50 .

O ministro da economia, no entanto, optou por não criar uma crise política neste momento e aceitou a decisão sem questionar. Não houve críticas por parte de Haddad nem em conversas privadas com Lula e muito menos com outros político.

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A pessoas próximas, Haddad criticou a decisão. “Não podemos ceder a cada pressão porque a economia fica fragilizada”, afirmou ele a uma pessoa próxima que conversou com a coluna. Publicamente, porém, Haddad já avisou seus assessores que não é para polemizar em cima do tema.

A coluna conversou com um assessor do ministério da Economia, que contou a estratégia. “Vamos lidar com o caso como sendo o governo atendendo um anseio popular e fazendo ajustes porque o mais importante é o projeto passar como um todo”, diz.

Para ele, Haddad sabe que não é possível vencer todas as brigas políticas e que é melhor engolir essa derrota para garantir a aprovação de pautas fundamentais como o Arcabouço Fiscal e a Reforma Tributária. Mesmo assim, ele sentiu o gosto amargo por entender que a classe política já havia se acostumado com a taxação.

“Tudo que Haddad não vai fazer é gerar uma crise política com críticas ao presidente. O país precisa de uma economia estável e tudo o que ele diz pesa”, lembrou um aliado.

Lula, por outro lado, garantiu a aliados que o recuo é estratégico e a decisão foi tomada após conversar com o Congresso. “Ele tem muitas pautas bombas nos próximos dias. Tudo o que for possível se livrar para equilibrar o desgaste, o presidente fará”, revelou uma fonte.

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