Guardar produtos quĂ­micos em casa aumenta risco de ELA

Por: Redação / Diário da SaĂşde  Data: 25/04/2024 Ă s 10:42

Armazenamento doméstico de produtos químicos voláteis é muito comum

Guardar produtos quĂ­micos em casa aumenta risco de ELA
Guardar produtos quĂ­micos em casa aumenta risco de ELA

Armazenar alguns tipos de produtos quĂ­micos na garagem ou em outro cĂ´modo ou depĂłsito dentro de casa pode aumentar o risco de que as pessoas que vivem nessa casa venham a sofrer de esclerose lateral amiotrĂłfica, ou ELA.

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Guardar produtos quĂ­micos em casa aumenta risco de ELA

Ao longo da Ăşltima dĂ©cada, uma equipe da Universidade de Michigan (EUA) tem mostrado como a exposição a toxinas ambientais – desde pesticidas utilizados na agricultura atĂ© compostos orgânicos voláteis na indĂşstria – está ligada ao desenvolvimento da esclerose lateral amiotrĂłfica.

A novidade agora Ă© que o acĂşmulo de exposições a essas toxinas, que os pesquisadores chamam de “expossoma ELA”, está tambĂ©m associado a atividades comuns, como a mecânica, a marcenaria e a jardinagem, quando essas atividades sĂŁo acompanhadas do armazenamento domĂ©stico de algumas substâncias.

O armazenamento doméstico de produtos químicos voláteis é muito comum, o que inclui combustíveis e lubrificantes, solventes, produtos de limpeza, tintas e outros.

Risco de ELA
Os pesquisadores avaliaram as exposições no ambiente residencial a partir de uma pesquisa com mais de 600 participantes com e sem ELA. Eles calcularam que o armazenamento de produtos quĂ­micos – sobretudo gasolina, querosene, equipamentos movidos a gasolina e produtos quĂ­micos para cuidar do gramado – está significativamente associado ao risco de ELA.

Todos os produtos químicos relatados que se mostraram ligados ao desenvolvimento da doença eram voláteis com componentes tóxicos. A maioria dos participantes relatou armazenar vários itens na garagem ligada à casa. Por outro lado, o dos mesmos produtos químicos em uma garagem construída separadamente, fora do corpo da casa, não apresentou uma associação significativa com o risco de ELA.

“Especialmente em climas mais frios, o ar da garagem tende a entrar na casa quando a porta de entrada Ă© aberta, e os fluxos de ar ocorrem mais ou menos continuamente atravĂ©s de pequenas rachaduras e aberturas nas paredes e no chĂŁo,” disse o professor Stuart Batterman. “Assim, faz sentido que manter produtos quĂ­micos voláteis em uma garagem anexa mostre um efeito mais forte.”

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