Armazenamento domĂ©stico de produtos quĂmicos voláteis Ă© muito comum
Armazenar alguns tipos de produtos quĂmicos na garagem ou em outro cĂ´modo ou depĂłsito dentro de casa pode aumentar o risco de que as pessoas que vivem nessa casa venham a sofrer de esclerose lateral amiotrĂłfica, ou ELA.
Receba as notĂcias do AlagoasWeb no seu WhatsApp
Guardar produtos quĂmicos em casa aumenta risco de ELA
Ao longo da Ăşltima dĂ©cada, uma equipe da Universidade de Michigan (EUA) tem mostrado como a exposição a toxinas ambientais – desde pesticidas utilizados na agricultura atĂ© compostos orgânicos voláteis na indĂşstria – está ligada ao desenvolvimento da esclerose lateral amiotrĂłfica.
A novidade agora Ă© que o acĂşmulo de exposições a essas toxinas, que os pesquisadores chamam de “expossoma ELA”, está tambĂ©m associado a atividades comuns, como a mecânica, a marcenaria e a jardinagem, quando essas atividades sĂŁo acompanhadas do armazenamento domĂ©stico de algumas substâncias.
O armazenamento domĂ©stico de produtos quĂmicos voláteis Ă© muito comum, o que inclui combustĂveis e lubrificantes, solventes, produtos de limpeza, tintas e outros.
Risco de ELA
Os pesquisadores avaliaram as exposições no ambiente residencial a partir de uma pesquisa com mais de 600 participantes com e sem ELA. Eles calcularam que o armazenamento de produtos quĂmicos – sobretudo gasolina, querosene, equipamentos movidos a gasolina e produtos quĂmicos para cuidar do gramado – está significativamente associado ao risco de ELA.
Todos os produtos quĂmicos relatados que se mostraram ligados ao desenvolvimento da doença eram voláteis com componentes tĂłxicos. A maioria dos participantes relatou armazenar vários itens na garagem ligada Ă casa. Por outro lado, o dos mesmos produtos quĂmicos em uma garagem construĂda separadamente, fora do corpo da casa, nĂŁo apresentou uma associação significativa com o risco de ELA.
“Especialmente em climas mais frios, o ar da garagem tende a entrar na casa quando a porta de entrada Ă© aberta, e os fluxos de ar ocorrem mais ou menos continuamente atravĂ©s de pequenas rachaduras e aberturas nas paredes e no chĂŁo,” disse o professor Stuart Batterman. “Assim, faz sentido que manter produtos quĂmicos voláteis em uma garagem anexa mostre um efeito mais forte.”