Secretário da Polícia Civil classificou a operação como uma 'ação legítima'

A megaoperação das forças de segurança do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho resultou em 119 mortos, segundo balanço atualizado divulgado pelo governo estadual na tarde quarta-feira, dia 29. O número foi confirmado em coletiva de imprensa com representantes da Polícia Civil e Militar.
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Governo do RJ confirma 119 mortos na megaoperação contra o crime organizado
A ação, realizada na terça-feira (28), atingiu comunidades nos complexos do Alemão e da Penha.
De acordo com os dados oficiais, entre as vítimas estão quatro policiais. Outros 113 suspeitos foram presos — 33 deles vindos de outros estados — e 10 menores de idade foram apreendidos. As forças de segurança também informaram a apreensão de 118 armas, sendo 91 fuzis, 26 pistolas e um revólver, além de 14 artefatos explosivos e toneladas de drogas, ainda em fase de contabilização.
Os números representam o maior saldo de mortes em uma operação policial no Rio e superam as 111 vítimas do massacre do Carandiru, ocorrido em 1992, em São Paulo.
O secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, classificou a operação como uma “ação legítima” e afirmou que o resultado representa “o maior baque que o Comando Vermelho já tomou desde a sua fundação”. “Nunca houve perda tão grande de drogas, armas e lideranças”, disse Curi.

O governador Cláudio Castro (PL) declarou que a contagem oficial de mortos considera apenas os corpos encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML). “A nossa contabilidade conta a partir do momento que os corpos entram no IML. A Polícia Civil tem a responsabilidade enorme de identificar quem eram aquelas pessoas. Eu não posso fazer balanço antes de todos entrarem”, afirmou.
Moradores da região relataram ter encontrado dezenas de corpos na mata, posteriormente recolhidos pelas autoridades. Segundo o secretário Curi, 63 corpos foram encontrados nessas áreas. O governo ainda não explicou por que o balanço divulgado na terça-feira, que informava 64 mortos, foi revisado para 58 e, em seguida, atualizado para 119.
A megaoperação foi apresentada pelo governo estadual como uma ofensiva decisiva contra o principal grupo criminoso do estado, mas levantou críticas de organizações de direitos humanos e especialistas em segurança pública, que cobram esclarecimentos sobre as circunstâncias das mortes.
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