O Google, buscador mais popular do mundo, irá testar um novo recurso para filtrar pesquisas não confiáveis. Segundo o tabloide Recode, a ferramenta já está em teste há uma semana e tem o intuito de dar às pessoas mais contexto sobre informações com tendência de rápido desenvolvimento.
De acordo com a gigante em tecnologia, a seguinte mensagem irá aparecer em informações com potencial para viralizar: “Se este tópico for novo, às vezes pode levar algum tempo para que os resultados sejam adicionados por fontes confiáveis”. O objetivo é que as pessoas compreendam que aquelas informações podem ser atualizadas em breve. Por ora, o anúncio está aparecendo apenas em algumas pesquisas e não irá bloquear usuários.
“Quando alguém faz uma pesquisa no Google, estamos tentando mostrar a você as informações mais relevantes e confiáveis que podemos”, disse Danny Sullivan, um representante público da Pesquisa Google. “Mas recebemos muitas coisas que são inteiramente novas.”
Como exemplo, o representante citou uma suspeita de avistamento de alienígenas no Reino Unido, que é um tema que está sempre alta nas buscas do Google.
“Alguém conseguiu esse vídeo de relatório policial divulgado no País de Gales e teve um pouco de cobertura da imprensa. Mas ainda não há muito sobre isso. Mas as pessoas provavelmente estão procurando por isso, podem estar circulando nas redes sociais – então podemos dizer que está começando a tendência. Podemos dizer que não há muitas coisas necessariamente boas por aí. E também achamos que talvez novas coisas apareçam”, explicou Sullivan.
Em entrevista ao site, o Google afirmou que realizou uma pesquisa com usuários antes de implementar o teste, e a grande maioria achou a ferramenta útil. A ação também faz parte de uma grande tendencia das empresas, como Twitter e Facebook, de combater a desinformação, principalmente durante a pandemia e as últimas eleições dos Estados Unidos, situações que potencializaram as fake News.
“É uma ótima maneira de fazer as pessoas pararem antes de agirem ou espalharem mais informações”, disse Evelyn Douek, pesquisadora de Harvard que estuda a fala online. “Não envolve ninguém fazendo julgamentos sobre a verdade ou falsidade de qualquer história, mas apenas dá aos leitores mais contexto. … Em quase todos os contextos de notícias de última hora, as primeiras histórias não são as completas, por isso é bom lembrar as pessoas disso.”
Ainda não está claro como a ferramenta funcionará exatamente e quais fontes o Google considera confiável ou não, bem como as premissas para ter a confiança da empresa. A pretensão é que à medida que ele seja implementado e alcance formas mais amplas de pesquisas, outras discussões e ajustes sejam adicionados. Por ora, o selo só aparece em buscas feitas a partir dos EUA.