Uma senhora foi tomar a vacina contra a Covid-19 nesta quinta-feira (28), em Maceió, e, ao se posicionar para receber o imunizante, a funcionária responsável pela vacinação inseriu a agulha no braço dela, mas não pressionou o êmbolo da seringa.
Por sorte, um parente filmava o momento e percebeu que o líquido não fora introduzido no corpo da idosa e que, assim, a vacina não fora aplicada.
Depois da vacinação frustrada, contudo, familiares falaram com a supervisora responsável pela imunização, que pediu desculpa, disse se tratar de um erro isolado e aplicou a vacina, desta vez corretamente.
Após o episódio, a Prefeitura de Maceió, sob gestão JHC (PSB), decidiu afastar a servidora responsável pelo erro e instaurar um processo administrativo.
O Ministério Público de Alagoas também vai investigar o caso. O promotor Paulo Henrique Prado, da 67ª Promotoria de Justiça da Capital, informou que instaurará uma notícia de fato para apurar a atitude da profissional.
Em nota, a Prefeitura de Maceió informou que “tomou ciência com indignação sobre o caso” e que “trata-se de um caso isolado”.
O município disse ainda que vai ampliar a fiscalização e vai mudar o protocolo de vacinação. “O profissional de saúde terá que mostrar a seringa cheia antes da aplicação e vazia após o procedimento”, diz a nota.
Esta quinta foi o primeiro dia de vacinação para idosos com mais de 85 anos em Maceió. Segundo o município, estão sendo usadas, nessa etapa da vacinação, as 6.800 doses do imunizante produzido pela AstraZeneca/Oxford que foram enviadas pelo Ministério da Saúde nesta semana.
Nesta quinta, a principal agência de saúde pública da Alemanha, o Instituto Robert Koch (RKI), recomendou que essa vacina AstraZeneca não seja aplicada em maiores de 65 anos, por falta de dados suficientes sobre o efeito do produto nessa faixa etária.
No Brasil, ao recomendar a aprovação do uso emergencial de 2 milhões de doses do imunizante, a área técnica da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) apontou que ainda há poucos dados sobre sua eficácia em idosos.
Avaliação semelhante foi feita para a vacina CoronaVac, produzida pela empresa chinesa Sinovac, e que também recebeu aval da agência.